Sete instituições europeias criaram um banco de dados com raras imagens manuscritos, livros e moedas medievais
Sete instituições europeias uniram forças para criar um banco de dados com 34 mil novas imagens de itens medievais, incluindo manuscritos, livros e moedas. Os objetos digitalizados estão disponíveis na internet para o público em geral no Europeana Web Portal – uma iniciativa financiada pela União Europeia que visa preservar o patrimônio cultural da Europa em formatos digitais de fácil acesso.
O projeto, chamado de The Art of Reading in the Middle Ages (“A Arte de Ler na Idade Média“), foi concluído no início deste ano. De acordo com a nota publicada pelo Medievalists.net, a iniciativa é da Biblioteca Nacional e da Universitária da Eslovênia e tem o apoio e participação da Biblioteca Pública de Bruges, do Museu Hunt, da Biblioteca Estadual de Berlim, das Bibliotecas da Universidade de Leiden, da Biblioteca Nacional da França e da Biblioteca Nacional da República Tcheca. Ao todo, sete universidades europeias estão colaborando para adicionar 34.000 itens medievais em formato digital ao site da Europeana.
O conteúdo está disponível em inglês, holandês, francês, alemão, tcheco e esloveno. Além disso, essas bibliotecas adicionaram material educacional, textos curatoriais e vídeos que explicam a importância dos itens medievais digitalizados.
Você pode acessar o projeto aqui.
A arte do manuscrito medieval
Os manuscritos estão repletos de animais fantásticos, vegetação, cenas em miniatura da Bíblia, histórias apócrifas, hagiografia ou simplesmente histórias e lendas folclóricas. Hoje, eles continuam a cativar bibliófilos e fãs de arte, tanto seculares quanto religiosos.
Nesses manuscritos, o texto principal é sempre acompanhado de floreios decorativos, bordas e ilustrações. Alguns historiadores afirmam que a tradição começou no Reino Ostrogótico (o Regnum Italiae), no século V. Outros explicam que se originou no Império Romano Bizantino Oriental. Em ambos os casos, os manuscritos incluíam livros de orações, livros usados para serviços litúrgicos e coleções de salmos. A partir do século 13, a prática continuou com os textos seculares.
A maioria desses manuscritos medievais foi escrita em pergaminho, uma espécie de “papel” preparado com pele de animal ou membranas. Esses pergaminhos eram encadernados em livros chamados códices, que variavam em tamanho, desde os menores que um livro de bolso moderno até livros que exigem mais de uma pessoa para erguê-los. Digitalizar essas obras, você pode imaginar, foi um grande empreendimento!
Fonte: Aleteia