Ao levar as relíquias de santa Teresinha de Lisieux a uma prisão de Glasgow (Escócia) em setembro de 2019, o arcebispo local, dom Philip Tartaglia, contou aos prisioneiros a história que uniu a santa a um assassino condenado à morte.
“Quando tinha 14 anos e antes de entrar no convento, Teresa Martin, e com ela toda a França, conhecia o caso de Henri Pranzini, um prisioneiro que matou três mulheres, incluindo uma menina, um crime pelo qual ia ser executado”, relatou o arcebispo.
Pranzini, continuou o arcebispo, “nunca admitiu sua culpa e também não mostrou arrependimento, por isso, Teresa começou a rezar por sua conversão. Teresa começou a rezar por ele e por sua conversão.
No final, ressaltou o arcebispo, “Pranzini beijou um crucifixo antes de sua execução. Depois, quando escreveu sobre isso, Teresa o interpretou como um sinal de que Pranzini havia pedido perdão a Deus”.
O arcebispo de Glasgow enfatizou que, “ao rezar por Henri Pranzini, santa Teresinha reconheceu sua dignidade como filho de Deus, chamado à amizade com Ele”.
“Ela reconheceu também que ele não se identificava por seu pecado ou por seu crime, mas como o filho pródigo chamado ao arrependimento e ao perdão; chamado à plenitude da vida e da salvação”, enfatizou.
Henri Pranzini assassinou três mulheres em Paris em março de 1887: Marie Regnault, Annette Gremeret e Marie Louise, filha da segunda. Nunca se declarou culpado.
No dia de sua execução, a própria santa conta: “Pranzini não tinha se confessado, tinha subido no andaime e estava se preparando para passar a cabeça pelo buraco sombrio; quando, de repente, pego por uma inspiração repentina, ele se virou, tomou o crucifixo que o sacerdote lhe apresentou e beijou suas feridas ensanguentadas três vezes. Então, sua alma foi receber a oração misericordiosa daquele que declara que no céu haverá mais alegria para um pecador que faz penitência do que para 99 homens justos que não precisam dela”.
Fonte: ACI Digital