O Papa pede orações pelo ataque na capital somaliana que deixou mais de cem mortos, incluindo muitas crianças. O apelo do Presidente Hassan Sheikh Mohamu é para que a comunidade internacional envie médicos ao país
Após o Angelus, o Papa Francisco se dirigiu à multidão reunida na Praça de São Pedro, transportando palavras de apelo diante dos fiéis que sofreram atentados na Somália:
“Enquanto celebramos a vitória de Cristo sobre o mal e a morte, rezemos pelas vítimas do ataque terrorista que, em Mogadíscio, matou mais de cem pessoas, incluindo muitas crianças. Que Deus converta os corações dos violentos! ”.
Em outubro de 2017 foram 500 mortos. Cinco anos se passaram e um novo massacre de inocentes ocorreu. Desta vez, mais de cem pessoas foram mortas no duplo ataque que atingiu um cruzamento movimentado na capital somaliana, Mogadíscio, na tarde deste sábado, 29, em frente ao Ministério da Educação, e que também deixou mais de 300 feridos.
Dois carros-bomba explodiram em poucos minutos um do outro. A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada pelo grupo al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda, que supostamente apontou o ministério como uma “base inimiga” que recebe apoio de países não-muçulmanos e está “comprometido em retirar as crianças somalianas da fé islâmica”.
O grupo havia declarado no passado que continuaria suas atividades terroristas até a criação de um estado islâmico governado pela Sharia.
A Motivação do ataque
O ataque ocorreu em um dia em que o presidente Hassan Sheikh Mohamud, o primeiro-ministro Hamza Abdi Barre e vários altos funcionários estavam se reunindo precisamente para discutir sobre o aumento dos esforços para combater o extremismo violento e em particular, al-Shabaab.
Um evento que naquelas horas ocorria a pouca distância do local do atentado e que provavelmente estava na mira dos extremistas que, não conseguindo chegar perto, se dirigiram para o ministério.
A primeira explosão, segundo testemunhas, atingiu o muro do ministério, onde geralmente estão presentes vendedores ambulantes e cambistas. A segunda explosão ocorreu em frente a um movimentado restaurante.
O apelo do presidente
Dramático apelo do presidente, que pediu à comunidade internacional e aos “muçulmanos ao redor do mundo” que enviem médicos ao país, que tem um dos sistemas de saúde mais fracos do mundo.
As milícias al-Shabaab, que foram expulsas pela União Africana da capital em 2011, ainda controlam grandes extensões do território rural e realizam ataques periódicos.
Fonte: Canção Nova