Dom Edward Kawa fala sobre famílias mais vulneráveis que foram prejudicadas por ataque a armazém da Cáritas na cidade de Lviv; cerca de 300 toneladas de bens de primeira necessidade foram perdidas.
O ataque com drones a um armazém da Cáritas na cidade de Lviv, na Ucrânia, causou a destruição, há uma semana, de cerca de 300 toneladas de bens de primeira necessidade. O armazém ficou totalmente queimado e tudo que estava em seu interior, e seria destinado a centenas de famílias mais vulneráveis, foi perdido. Em mensagem enviada para a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) Internacional, o bispo auxiliar de Lviv, Dom Edward Kawa, classificou este incidente provocado pelas forças russas como “um ataque aos mais pobres e necessitados”.
Dom Kawa sublinhou: “Toda a ajuda humanitária que ali estava armazenada deveria ter sido enviada para Kharkiv e Pavlograd nos próximos dias”. Além dos alimentos, calçado e vestuário de Inverno, o ataque russo destruiu também mais de uma centena de geradores de emergência necessários para fazer face a avarias e falhas nos sistemas de eletricidade e aquecimento.
No conjunto, todo o equipamento destruído, e que corresponde sensivelmente ao carregamento de 15 camiões TIR, tinha sido enviado pelo Vaticano e pela organização polaca Packages for Ukraine. A única notícia consoladora, segundo o bispo, é que quatro caminhões tinham saído do armazém dois dias antes com destino a Zaporizhzhia, tendo escapado do ataque russo. Dom Kawa pede a todos os benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre que não esqueçam da Ucrânia. “O Inverno está chegando e a guerra ainda não acabou. Deus vos abençoe”, disse.
Palavras do esmoleiro do Papa
O esmoleiro do Papa Francisco e responsável pelo envio das doações vaticanas para a Ucrânia, Cardeal Krajewski, afirmou na última semana: “Sinto dor pelo que aconteceu em Lviv com o ataque ao armazém da Caritas – Spes. Eles atacaram para destruir a possibilidade de ajudar as pessoas que sofrem.”
Apesar dos bombardeios contínuos, o esmoleiro inaugurou a “Casa del Riparo”, em nome do Papa Francisco, levando a Benção Apostólica. O ato foi mais um sinal de apoio e proximidade a tantas pessoas que se viram obrigadas a fugir por causa do conflito.
Ele também visitou várias comunidades na Ucrânia que acolhem refugiados, agradecendo a todos os voluntários e aqueles que ajudam a população sofredora e necessitada, longe da própria casa.
Ajuda da AIS desde o início da guerra
Desde que a invasão da Ucrânia teve início, em 24 de fevereiro de 2022, a Fundação AIS já apoiou a Igreja Católica local com mais de 350 projetos, com um valor que ultrapassa os 15 milhões de euros. Os projetos de ajuda humanitária da fundação pontifícia têm proporcionado ajuda essencial aos mais necessitados, bem como têm permitido aos sacerdotes, às religiosas e aos leigos atender às necessidades espirituais e materiais dos fiéis.
Fonte: Canção Nova