Cáritas Internacional informa que, por motivos de segurança, as operações na região foram suspensas.
A Cáritas Jerusalém pede à Comunidade Internacional que “ponha fim à violência contínua na Terra Santa” e, por motivos de segurança, suspendeu “todas as operações no campo” devido à “escalada da violência e distúrbios” na região.
O Estado de Israel e o grupo Hamas estão em guerra, desde sábado, 7, após um ataque do grupo terrorista (de orientação sunita), no Shabbat, dia de descanso semanal dos judeus, e no último dia das celebrações do Sukkot. Em Israel e em Gaza contam-se cerca de três mil mortos, entre civis, soldados israelitas e combatentes palestinianos.
“Queremos expressar a nossa profunda preocupação com a escalada da situação na Terra Santa, particularmente com o sofrimento das pessoas mais vulneráveis que apoiamos. Imploramos à comunidade internacional que use sua influência para interromper rapidamente essa violência contínua e lutar por uma solução justa para todas as partes envolvidas”, pediu o secretário-geral da Cáritas Jerusalém.
O secretário-geral da Cáritas Jerusalém, Anton Asfar, acrescentou que é muito preocupante a grande perda de vidas e que a Comunidade Internacional não deve ser indiferente à situação daqueles que sofrem com o decorrer da guerra.
Sistema de Apoio
A Cáritas Jerusalém informa também que todas as instituições educacionais e instalações recreativas em Jerusalém “estão fechadas, juntamente com o encerramento dos postos de controle da Cisjordânia”.
Segundo a organização solidária, membro da Cáritas Internacional, muitas pessoas têm recursos limitados ou acesso a necessidades básicas, incluindo eletricidade. A Organização das Nações Unidas (ONU) informa que mais de 123 mil habitantes de Gaza foram deslocados devido à escalada da violência e cerca de 74 mil dessas pessoas estão à procura de abrigo em escolas, por causa das “casas danificadas ou completamente destruídas”.
A Caritas Jerusalém lançou um Sistema de Apoio à Equipe de Gaza, o ‘Together Putting Love into Action’ (TPLA), que é dedicado a “fornecer assistência vital e solidariedade” aos colegas que têm a sua base em Gaza e “estão a enfrentar circunstâncias extremamente desafiadoras e complexas”.
“A nossa confederação garante à Caritas Jerusalém apoio. Oramos pela paz e pedimos a ambas as partes que respeitem o Direito Humanitário Internacional e garantam o acesso à assistência humanitária às pessoas necessitadas”, refere o secretário-geral da Cáritas Internationalis, Alistair Dutton.
Apelos
O Papa apelou nesta quarta-feira, 11, no Vaticano, à libertação imediata de reféns e expressou preocupação com o cerco em Gaza. Francisco já telefonou duas vezes para o pároco de Gaza, padre Gabriel Romanelli, e no domingo pediu o fim da violência. Os patriarcas e chefes das Igrejas em Jerusalém condenaram “atos que tenham como alvo civis, independentemente da nacionalidade, etnia ou fé”, numa declaração no sábado.
Fonte: Canção Nova