A Ordem dos Cavaleiros de Colombo, a maior organização de serviço fraterno católico do mundo, fez duas doações importantes de oxigênio medicinal, em fevereiro de 2021, para áreas carentes no Brasil e no Peru.
A doação foi enviada para Manaus, capital do estado do Amazonas; e Huancané, uma cidade nos Andes peruanos, no departamento de Puno.
Em ambos os lugares a pandemia de Covid-19 provocou não apenas um aumento substancial do número de contagiados e mortos, mas também um desabastecimento de oxigênio medicinal utilizado para salvar vidas e cuja demanda continua aumentando.
Diante dessa situação, os Cavaleiros de Colombo decidiram agir em benefício de seus irmãos sul-americanos.
Doação em Manaus
Os Cavaleiros de Colombo doaram 204 cilindros de oxigênio medicinal para a cidade de Manaus (AM) e para 15 municípios rurais e afastados cuja necessidade era de extrema urgência.
No Brasil, foram registrados mais de 10,6 milhões de casos positivos para a Covid-19 e cerca de 257.361 mortes até o momento. No estado do Amazonas, onde fica Manaus, já foram registrados mais de 318 mil casos positivos e cerca de 11 mil óbitos.
O Arcebispo de Manaus (AM), Dom Leonardo Steiner, pediu ajuda à organização fraterna e recebeu uma resposta favorável. A doação chegou no dia 15 de fevereiro para compensar a falta de cilindros de oxigênio.
Dos cilindros doados, 24 ficaram em Manaus e o restante foi para os municípios, entre eles Manaquiri, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.
Na segunda-feira, 22 de fevereiro, a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) indicou que “há apenas algumas semanas os hospitais de Manaus estavam lotados, não tinham capacidade para oferecer atendimento médico a todas as pessoas que precisavam”.
“Hoje a situação continua sendo muito grave, mas felizmente não é mais tão crítica como há duas semanas”, acrescentou.
Dom Steiner disse que a difícil situação em Manaus, que se agravou com a chegada da segunda “onda” da Covid-19, “exigiu muito da nossa população”.
“Houve muita solidariedade, muitas manifestações de bondade. E, hoje, a situação está um pouco melhor, mas os hospitais do interior do estado, das periferias, ainda carecem de oxigênio, e é para lá que foram os cilindros que os Cavaleiros de Colombo nos doaram”, disse.
Dirigindo-se aos Cavaleiros de Colombo, expressou: “Da nossa parte, daqueles que estamos envolvidos com o cuidado de nossos irmãos e irmãs, dirijo-lhes uma palavra de agradecimento: Deus os abençoe! Deus abençoe a solidariedade, Deus abençoe a caridade. A caridade é o amor em movimento e é a forma de exteriorizar o nosso amor e exteriorizar o amor de Deus. Que Ele lhes pague e os abençoe! Do fundo dos nossos corações, dizemos muito obrigado! Que sigamos unidos”.
Dom Steiner informou que a Igreja local “também tem se destacado nos esforços para servir, cuidar e alimentar a população que vive nas ruas e nas comunidades pobres”, como os imigrantes.
Do mesmo modo, disse que “foi criada uma linha telefônica para ouvir os fiéis e levar-lhes a Palavra do Evangelho”.
“Aqui em Manaus, não somos uma Igreja que fica à espera, somos uma Igreja em saída, como nos pede o Papa Francisco. Somos uma Igreja muito próxima das pessoas, especialmente dos pobres”, concluiu Dom Steiner.
Doação para Huancané
No caso do Peru, a organização fundada pelo Beato Pe. Michael McGivney doou 15 concentradores de oxigênio e 50 cilindros cheios de oxigênio à Prelatura de Santiago Apóstolo de Huancané, sufragânea da Arquidiocese de Arequipa, no sul do Peru. A este número somam-se mais 30 cilindros adquiridos anteriormente pela Prelatura.
Fonte: Canção Nova