O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, celebra as muitas conquistas femininas ao longo dos últimos séculos, mas, também, traz à tona inúmeras questões as quais as mulheres ainda são submetidas mesmo nos dias atuais.
A celebração surgiu por volta do ano de 1909, onde começaram as manifestações pela igualdade de direitos civis, principalmente em favor do direito ao voto feminino, mas também, por melhores condições de vida e trabalho, uma vez que as mulheres não podiam tomar decisões diante da própria vida.
Em uma de suas homilias, em fevereiro de 2017, o Papa Francisco mencionou que “nós dizemos que esta é uma sociedade com uma forte atitude masculina e que a mulher é para lavar a louça. Não. A mulher é para trazer harmonia. Sem a mulher não há harmonia”, desconstruindo o estereótipo de que a mulher tem que tomar conta apenas dos afazeres domésticos. O Papa ainda completou: “não são iguais, não são um superior ao outro. Só que o homem não traz harmonia. É ela que traz a harmonia, que nos ensina a acariciar, a amar com ternura e que faz do mundo uma coisa bela.”
A igreja católica traz em sua história inúmeras mulheres que são exemplos tanto para a igreja, quanto para o mundo, e que devem ser lembradas em uma data de tamanha importância como essa.
A Virgem Maria é um grande exemplo de mulher e, principalmente, da força de uma mulher. Ela foi a responsável por conceber seu filho (Jesus) milagrosamente pela ação do Espírito Santo. Ficou noiva de José coma apenas 12 anos, além de ter percorrido 150km até Belém.
Santa Teresa de Calcutá dedicou toda sua vida aos mais pobres, deu início ao trabalho missionário nas ruas de Calcutá e ainda recebeu um Prêmio Nobel da Paz.
Santa Teresa de Ávila fundou mais de trinta e dois mosteiros, ajudou a recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, tendo como últimas palavras “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.
Santa Dulce dos Pobres foi a primeira santa brasileira, fez obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados, criou e ajudou a criar várias instituições filantrópicas: uma das mais importantes e famosas é o Hospital Santo Antônio, foi uma das mais importantes, influentes e notórias ativistas humanitárias do século XX, suas obras de caridade são referência e seu nome é sempre relacionado à caridade.
Estes são apenas alguns nomes de uma vasta lista de mulheres que merecem, dentre tantas coisas, reconhecimento, admiração e respeito. A atuação destas e de tantas outras mulheres foi (e é) responsável por construir relações mais humanas e mostrar que, a desigualdade, especialmente ao que se diz respeito a relação mulher-homem, não traz benefícios a uma sociedade. Como disse o Papa Francisco em uma oportunidade: “ambos são necessários, porque possuem uma natureza idêntica, mas com modalidades próprias. Uma é necessária à outra, e vice-versa, para que se cumpra verdadeiramente a plenitude da pessoa” (Discurso ao Pontifício Conselho para a Cultura).