Os católicos devem se confessar no mínimo uma vez por ano. Mas a Confissão não pode ser encarada como uma obrigação, e sim uma oportunidade de receber a misericórdia de Deus
Uma das perguntas mais comuns feitas pelos católicos é: “Com que frequência devemos nos confessar?”
A resposta é direta e complicada ao mesmo tempo.
Segundo a Igreja, o mínimo necessário é uma vez por ano. No entanto, esse requisito está vinculado à recepção da Santa Comunhão, como explica o Catecismo da Igreja Católica.
“Confessar-se ao menos uma vez em cada ano assegura a preparação para a Eucaristia, mediante a recepção do sacramento da Reconciliação que continua a obra de conversão e perdão do Batismo”(CIC, 2042)
O Catecismo explica ainda que, para receber adequadamente a Santa Comunhão, é preciso sempre confessar pecados graves com antecedência:
“O Senhor dirige-nos um convite insistente a que O recebamos no sacramento da Eucaristia: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós» (Jo 6, 53). Para responder a este convite, devemos preparar-nos para este momento tão grande e santo. São Paulo exorta a um exame de consciência: «Quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, cada qual a si mesmo e então coma desse pão e beba deste cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação» (1Cor 11, 27-29). Aquele que tiver consciência dum pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximar da Comunhão” (CIC 1384,1385).
Basicamente, é necessário que você se confesse uma vez por ano, se você pretende receber a Comunhão uma vez por ano. Por outro lado, se você deseja receber a Comunhão semanal ou diariamente, precisará confessar toda vez que estiver “consciente de um pecado grave”.
Recomenda-se, embora não seja obrigatório, confessar pecados veniais; essa é frequentemente a razão pela qual os católicos vão confessar semanalmente ou mensalmente.
Afinal, a Confissão é um belo sacramento da misericórdia de Deus e não deve ser encarada como uma “obrigação”, mas como uma “oportunidade” para receber o amor de Deus. Isso nos dá a capacidade de reparar nosso relacionamento com Deus e com a Igreja, abrindo-nos para uma chuva da graça de Deus.
Devemos confessar porque amamos a Deus, não porque “precisamos”, embora os requisitos existam para nos conduzir pelo caminho da vida eterna.
Fonte: Aleteia