Lives dedicadas às mulheres acontecerão no dia 8 de cada mês
“Essa é a sua missão: ser instrumento de amor num mundo polarizado e impregnado de ódio! As mulheres estão na vanguarda da missão”. É assim que a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Sandra Amado sintetiza o papel da mulher consagrada que sai pelo mundo em missão.
“A imagem daquela religiosa ajoelhada na frente de um batalhão militar de guerra na defesa do seu povo em Mianmar se torna um ícone da ação da mulher que vai em missão com o coração aberto para abraçar, encorajar, animar e servir aos que mais necessitam em nossa sociedade”, destaca.
No mês de março se celebra o Dia Internacional da Mulher. E a Comissão para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB dá início à uma série de lives com a temática: “Mulheres na Missão”.
As lives vão acontecer sempre no dia 8 de cada mês (quando cair no final de semana acontecerá no próximo dia útil), às 15h, no canal do Youtube da CNBB. A primeira edição será nesta segunda-feira, 8. A última edição será no dia 8 de dezembro, no dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Mulheres na Missão
O projeto “Mulheres na Missão” foi pensando pela comissão para dar visibilidade à contribuição da mulher na missão da Igreja no Brasil e no mundo. Afinal, na maioria das vezes, são as mulheres que levam em frente as atividades missionárias na Igreja. Irmã Sandra Amado ressalta que o tema da mulher na missão é relevante e atual.
“O bate papo entre mulheres quer trazer em pauta a ação missionária da dimensão feminina da Igreja. As mulheres participam ativamente na construção do reino de Deus na sociedade no mundo contemporâneo. As mulheres têm sido corajosas e destemidas na missão que lhes foram confiadas pelo Evangelho de Jesus Cristo no serviço aos mais pobres e necessitados da Igreja no seu tempo e lugar geográfico. Sem a colaboração das mulheres a missão da Igreja não seria tão ativa e atuante na vida do nosso povo”.
Proposta
Segundo a comissão, a série de lives concretiza a proposta de vivência da missão prevista no Programa Missionário Nacional (PMN). E está em consonância com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023). Editado pelas Edições CNBB, o PMN é um documento importante para o aprofundamento da vivência e da ação missionária na Igreja do Brasil.
De acordo com a assessora da Comissão para Ação Missionária da CNBB, para falar da importância das mulheres na missão é preciso recordar as mulheres bíblicas, principalmente as do Novo Testamento.
“Pensa na mãe de Jesus que o amou, cuidou e o educou para a realidade do seu tempo. Sem ela a missão de Jesus não seria a mesma. Olha uma samaritana que ao encontrar Jesus, sente que encontrou a fonte de água viva! E Maria Madalena que venceu o medo da escuridão e saiu para então se encontrar com o Ressuscitado que a enviou aos apóstolos, fazendo dela também uma apóstola!”, ressalta a irmã Sandra.
Primeira Live
Com o tema: “Retrato atual: presença feminina na missão eclesial” a assessora da comissão, irmã Sandra Amado recebe nesta segunda-feira, 8, às 15h, a presidente da Conferencia dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Maria Inês Ribeiro. A religiosa, em janeiro, foi nomeada pelo Papa Francisco para ser consultora da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA) da Cúria Romana.
Dia Internacional da Mulher
Historicamente, a data surgiu em homenagem às manifestações de operárias pela redução da jornada de trabalho, na Europa e nos Estados Unidos, no final do século XIX e início do século XX. A data emblemática faz referência ao dia 08 de março de 1857, quando 129 mulheres tecelãs de uma fábrica em Nova Iorque foram reprimidas pela polícia e, ao refugiarem-se nas dependências da fábrica, foram trancadas e carbonizadas no local.
A data começou a ser comemorada após a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, quando o dia foi proposto em homenagem às tecelãs. Um ano mais tarde, quando milhares de mulheres manifestaram-se na Europa, o dia passou a ser celebrado no mundo inteiro.
Fonte: Canção Nova