São Tomé Apóstolo é o padroeiro do Afeganistão. Mas por que os cristãos no país de maioria muçulmana tomaram-no como protetor? Vamos tentar explicar.
O Novo Testamento não relata as aventuras completas do Apóstolo São Tomé após a ressurreição de Jesus. Ele aparece pela última vez no Evangelho de João. Depois, os relatos oficiais da Bíblia não o mencionam mais.
No entanto, a tradição local e a literatura antiga afirmam que São Tomé Apóstolo viajou para a Índia para pregar.
Isso fez com que uma várias localidades da região se associassem a São Tomé, já que a Índia significava muitos lugares no mundo antigo.
Por exemplo, a Enciclopédia Católica explica o relato tradicional das aventuras de São Tomé e sua conexão com um rei que governou o Afeganistão:
“Ao chegar à Índia, Tomé comprometeu-se a construir um palácio para o [rei] Gundafor, mas gastou o dinheiro que lhe fora confiado com os pobres. Gundafor o aprisionou, mas o apóstolo escapou milagrosamente e Gundafor foi convertido.
É certamente um fato notável que, por volta do ano 46, um rei estava reinando sobre aquela parte da Ásia ao sul do Himalaia agora representada pelo Afeganistão… Isso nós sabemos tanto pela descoberta de moedas, algumas com lendas gregas, outras do tipo indiano com as lendas em um dialeto indiano. Apesar de diversas variações menores, a identidade do nome com o Gundafor da ‘Acta Thomae’ é inconfundível e dificilmente contestada.“
Por causa da possível presença de São Tomé Apóstolo naquela região, ele se tornou o “santo padroeiro do Afeganistão”.
Fonte: Aleteia