O Papa Francisco aprovou ontem (24) o milagre atribuído à beata canadense Maria Leônia Paradis, fundadora da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família.
A futura santa nasceu em L’Acadie, Canadá, em 12 de maio de 1840, em uma família grande e simples. Foi batizada com o nome Virginie Alodie. Era a única mulher de seis irmãos, e seus pais se dedicavam a atividades rurais.
Aos nove anos, ingressou na Congregação das Irmãs de Notre-Dame em Laprairie. Aos 14 anos, em agosto de 1857, entrou no convento das Marianitas de Santa Cruz em Saint-Laurent, Montreal, com o nome de irmã Maria de Santa Leônia.
Sua missão: apoiar o ministério sacerdotal
Desde o início, Maria Leônia sentiu uma grande atração por apoiar e divulgar o ministério do sacerdócio. Ela trabalhou como professora até 1862 em Montreal e depois foi enviada para o Orfanato São Vicente de Paulo em Nova York, EUA, onde permaneceu por oito anos.
Em 1870, mudou-se para a comunidade americana das Irmãs da Santa Cruz. Mais tarde, em 1874, foi enviada para Memramcook, New Brunswick, Canadá, para assumir o grupo de irmãs que faziam o trabalho doméstico no St. Joseph’s College, então dirigido pelo padre Camilo Lefebvre.
Seu grande coração e sua simplicidade rapidamente atraíram a atenção de muitas jovens. Em 1880, ela fundou o instituto das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, cuja missão era apoiar o sacerdócio e as religiosas da Santa Cruz em seu trabalho educacional.
Alegria, simplicidade e hospitalidade
Em 1880, o Capítulo Geral dos Religiosos da Santa Cruz permitiu que as jovens se organizassem em um instituto autônomo sob a direção da irmã Maria, seguindo os carismas de alegria, simplicidade e hospitalidade.
Em 1905, o papa Pio X permitiu que a fundadora usasse o hábito religioso que havia criado para as jovens. Com o tempo, as irmãs serviram a outras comunidades e ao clero diocesano, e estavam presentes em mais de quarenta casas.
Na manhã de 3 de maio de 1912, aos 72 anos, ela recebeu a aprovação da Regra das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, algo que estava esperando há mais de 20 anos. Naquela mesma noite, depois de jantar com as irmãs, morreu.
Durante sua viagem ao Canadá, são João Paulo II beatificou madre Maria Leônia Paradis em 11 de setembro de 1984 no Jarry Park, Montreal, onde repousam seus restos mortais.
Outros decretos aprovados
Além da canonização de Madre Maria Leônia, o Papa Francisco aprovou o martírio do servo de Deus Michał Rapacz, sacerdote diocesano. Nasceu em 14 de setembro de 1904 em Tenczyn, Polônia, e foi morto por ódio à fé em 12 de maio de 1946 perto de Płoki, Polônia.
O Papa Francisco também reconheceu:
– As virtudes heroicas do servo de Deus Cyril John Zohrabyan, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, bispo titular de Acilisene. Nasceu em 25 de junho de 1881 em Erzurum, Turquia, e morreu em 20 de setembro de 1972 em Roma, Itália.
– As virtudes heroicas do servo de Deus Sebastián Gili Vives, sacerdote diocesano, fundador da Congregação das Irmãs Agostinianas Filhas do Socorro. Nasceu em 16 de janeiro de 1811 em Artà, Espanha, e morreu em Palma de Mallorca, Espanha, em 11 de setembro de 1894.
– As virtudes heroicas do servo de Deus Gianfranco Maria Chiti, sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Nasceu em 6 de maio de 1921 em Gignese, Itália, e morreu em Roma, Itália, em 20 de novembro de 2004.
– As virtudes heroicas da serva de Deus Madalena de Santa Teresa do Menino Jesus. Nasceu em 24 de julho de 1918 em Sant’Alberto di Zero Branco, Itália, e morreu em 28 de maio de 1946 em Veneza, Itália.
Fonte: ACI Digital