Há exatos 114 anos, nascia a irmã Lúcia, uma das videntes de Nossa Senhora de Fátima que esteve nas aparições na Cova da Iria em 1917 junto dos seus primos Francisco e Jacinta Marto, canonizados em 2017 pelo Papa Francisco. No dia 13 de Fevereiro, do ano 2008, que o Papa Emérito Bento VI, atendendo ao pedido de milhares de fiéis de todo o mundo, deu o seu consentimento para que se realizasse a abertura do Processo de Beatificação da Irmã Lúcia. Abrindo exceção na regra que determina que estes processos comecem 5 anos após o falecimento do candidato.
O Santuário de Fátima, em Portugal, onde os restos mortais da religiosa repousam desde 19 de fevereiro de 2006, lembra que Lúcia testemunhou pela primeira vez as aparições da Mãe de Deus quando tinha 10 anos.
A missão de Lúcia, diz o site do Santuário, consistia em divulgar a devoção ao Imaculado Coração de Maria, como fica evidente a partir de suas memórias.
Lúcia foi a única dos três pastorinhos que não morreu na infância, ela tornou-se religiosa de clausura e hoje sua causa de beatificação encontra-se em curso. Atualmente é possível rezar à Irmã Lúcia sob o título de Serva de Deus.
Foi também em um dia 13 de Fevereiro, do ano 2008, que o Papa Emérito Bento VI, atendendo ao pedido de milhares de fiéis de todo o mundo, deu o seu consentimento para que se realizasse a abertura do Processo de Beatificação da Irmã Lúcia. Bento XVI permitiu que a causa de Irmã Lúcia fosse aberta no 3o. aniversário de seu falecimento, abrindo uma exceção à norma eclesiástica que requer que as causas sejam abertas após o 5o. aniversário de falecimento do candidato.
A Ir. Angela Coelho, vice-postuladora da causa de beatificação da irmã Lúcia, disse que “testemunhos de agradecimentos concedidos por sua intercessão chegam até nós” de todas as partes, assim como “graças espirituais como conversões e alguns relatos de curas feitas por sua intercessão”.
“Assim como o Papa Francisco declarou sobre Jacinta e Francisco sobre o fato de que sua santidade não é uma consequência das aparições, mas do ardor com que eles responderam ao privilégio recebido, para poder ver Santa Maria, isso também pode se aplicar a Lúcia”, acrescentou.
Nascida em 28 de março de 1907 em Aljustrel, uma cidade próxima a Fátima, a vidente foi acompanhada por seus primos Jacinta e Francisco Marto durante as aparições de Nossa Senhora.
Lúcia entrou em 1921 na Escola das Irmãs Doroteas, na cidade de Vilar, perto do Porto (norte de Portugal). Em 1928 mudou-se para a cidade espanhola de Tui, onde viveu por alguns anos e onde também teve visões da Virgem Maria e do Menino Jesus.
Em 1946 retornou a Portugal e dois anos depois entrou no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra, onde professou seus votos em 1949, tomando o nome de Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado.
Irmã Lucia escreveu dois volumes de suas “Memórias” e o livro “Apelos da Mensagem de Fátima”, ambos traduzidos a vários idiomas. Ela viveu como carmelita durante 57 anos.
A fase diocesana de seu processo de beatificação foi aberta pelo então bispo de Coimbra, Dom Albino Cleto em 30 de abril de 2008, e sua conclusão foi anunciada em 13 de janeiro de 2017. A sessão solene de encerramento do processo ocorreu em 13 de fevereiro de 2017, nove anos após sua instauração e 12 anos após a morte do vidente.
O processo de canonização da Irmã Lúcia agora tramita sob a competência direta da Santa Sé, na Congregação para as Causas dos Santos no Vaticano.
Ao receber o presidente de Portugal no último 15 de março, o Papa mencionou o desejo de voltar a Fátima em 2023, quando sua presença é aguardada no país para a próxima Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Lisboa.
Para conhecer mais detalhes da causa ou comunicar uma graça recebida pela intercessão da Irmã Lúcia, visite: https://lucia.pt/
Fonte: acidigital