Presidência da entidade e assessores das comissões episcopais e convidados discutem pontos da gestão para o quadriênio 2023-2027.
O Conselho Espicopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está reunido na sede da entidade em Brasília (DF). Entre os dias 23 e 24, os integrantes do Consep abordarão a gestão para o quadriênio 2023-2027.
O Consep é formado pela presidência da CNBB, pelos presidentes e assessores das comissões episcopais e por convidados dos organismos da Igreja no Brasil. Esta é a primeira reunião do grupo desde sua nova formação, eleita após a 60ª Assembleia Geral realizada em abril.
No primeiro dia, nesta terça-feira, 22, o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, participou da abertura das atividades. O secretário-geral e coordenador da reunião, recém-nomeado bispo auxiliar de Brasília, Dom Ricardo Hoepers, agradeceu sua presença. Também destacou que os membros do Consep estão vivendo um momento histórico com o processo do Sínodo.
Falas da presidência
O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente eleito da CNBB, Dom Jaime Spengler, contextualizou os presentes sobre o que já foi discutido pela presidência. “Continuidade” foi a palavra escolhida para sintetizar o desejo expresso pela 60ª Assembleia Geral da CNBB.
“Somos todos, presidência e membros do Consep, responsáveis por levar adiante esta missão que a Assembleia nos confiou, sempre à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que o Senhor nos ajude e deixemo-nos orientar uns pelos outros, fazendo o nosso melhor para a obra da evangelização na Igreja no Brasil”, declarou Dom Jaime.
O arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da entidade, Dom João Justino de Medeiros, e o bispo de Garanhuns (PE) e segundo vice-presidente do colegiado, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, seguiram o discurso de Dom Jaime. Ambos também falaram da necessidade de aprofundar pontos que precisam avançar na caminhada da Igreja no país junto às dioceses e aos 19 regionais da Conferência.
Por fim, Dom Ricardo Hoepers apresentou aos participantes uma visão geral do processo de transição desde a sua chegada à sede da entidade. O bispo elogiou o corpo técnico, indicando alto grau de profissionalismo, compromisso e senso de evangelização. Também destacou a conquista de maior transparência na gestão, além de outros aspectos.
“Qualquer número e detalhe de cada departamento podemos ter acesso imediatamente. Nós temos um mundo aqui e as necessidades do mundo desembocam também aqui. Só no dia a dia temos a noção da importância e a dimensão deste espaço”, disse o secretário-geral.
Participação das Comissões Episcopais
Após este momento, foi aberta a discussão para os demais participantes. Entre os que falaram, o assessor da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação, Danilo Pinto, apontou a necessidade do estabelecimento de indicadores para o trabalho das comissões episcopais.
O bispo de Rondonópolis–Guiratinga (MT) e novo presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, Dom Maurício da Silva Jardim, e o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, Dom Joel Portella Amado, também reforçaram a necessidade de todas as comissões terem um “fio condutor” que oriente a ação pastoral.
Dom Joel também citou também que a CNBB deve desenvolver iniciativas na linha da amizade social, do perdão e da reconciliação. Já o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética, Dom Leomar Antônio Brustolin, falou da importância de não organizar a ação pastoral da CNBB em torno de temas, mas em torno de processos.
Outras considerações
Depois, os bispos discutiram o papel do Consep à luz das definições dos novos Estatuto e Regimento da CNBB. Dom Jaime e Dom João Justino também apresentaram reflexões em torno da 39ª Assembleia Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), evento do qual participaram recentemente representando a CNBB entre os dias 16 e 19 deste mês.
Também foram apresentadas pelo então assessor político da CNBB, Padre Paulo Renato, as linhas gerais do trabalho de relações institucionais e governamentais desenvolvidas nos últimos sete anos na entidade. Por fim, na segunda parte da reunião, os bispos aprofundaram as propostas para tema e lema da Campanha da Fraternidade 2025. Todos permanecem reunidos nesta quarta-feira, 24.
Fonte: Canção Nova