A próxima sexta-feira será diferente. Muitos aproveitarão esse dia para descansar, pois se trata de um feriado nacional. Todavia, milhares irão aos cemitérios visitar o local onde pessoas amadas foram sepultadas. Não sei o que você fará nesse “Dia de Finados”, mas gostaria de convidá-lo há pensar um pouco sobre um assunto intrigante chamado morte.
A morte, como se sabe, é uma grande inimiga da humanidade. Muitos têm medo dela ao ponto de nem pronunciar o seu nome. Outros, quando ouvem essa palavra batem três vezes na madeira. Evita-se ao máximo o seu encontro, pois onde ela chega deixa um rastro de sofrimento, arrancando dos nossos braços pessoas queridas e amadas.
O certo é que ela persegue e alcança a todos. Independentemente da cor, raça, nacionalidade, intelectualidade, posição social ou religião, ninguém escapará da experiência da morte. Entretanto, se você é uma pessoa de fé, a morte não precisa ser encarada como uma terrível adversária. Afinal, está escrito que Jesus venceu a morte a nosso favor. Ele triunfou sobre ela em sua ressurreição. Logo, o nosso destino não é um túmulo gelado, mas a presença bendita do Senhor.
Quando deixamos na sepultura esse corpo atual, recebemos outro muito melhor; um corpo de glória, semelhante ai corpo de Cristo. Assim, não precisamos temer a morte, pois temos a certeza de que viveremos para sempre. Jesus afirmou: “Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11,25). Deus já preparou algo muito melhor do que aquilo que temos neste mundo de sofrimento e injustiça.
A bíblia nos diz que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2,9). Sendo assim, para os filhos de Deus, a morte não é uma tragédia, mas uma promoção. Não é prejuízo, mas lucro. Não é o fim, mas um novo começo.
Outro aspecto que deve ser considerado é a transitoriedade da vida. A bíblia ensina que “há tempo de nascer e tempo de morrer” (Eclesiastes 3,2). Em outro texto lemos “O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa” (Salmo 144,4). A consciência desta rápida passagem por esta vida nos auxilia na apropriação de valores divinos e eternos em detrimento a tudo o que é efêmero e perecível.
Consequentemente devemos viver o dia de hoje como se fossemos partir amanhã. Sem medo ou pavor, pois, segundo Paulo, morrer é estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
Edson Dias