Quando você começar a sentir fortes sentimentos de raiva contra seu próximo tente seguir estas dicas
Há momentos em nossa vida em que nossa raiva pode atingir um nível doentio. Isso pode gerar em nós um ódio severo contra uma pessoa que nos injustiçou de alguma forma.
Entretanto, este não é o estilo de vida recomendado pelo Evangelho. Jesus, de fato, usou palavras fortes contra tais pensamentos: “Mas eu vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes” (Mateus 5, 22).
A boa notícia é que, com a graça de Deus, podemos superar nosso ódio e praticar a caridade, mesmo quando somos tentados a atacar com raiva.
Conselhos para superar o ódio e a raiva
O Frei Luís de Granada, um dominicano do século 16, deu seus conselhos em um livro corretamente chamado Guia de Pecadores. Nele, o autor apresenta um plano passo a passo para os pecadores que desejam começar a praticar a virtude e serem libertados da escravidão do pecado.
A primeira dica, por exemplo, explica como devemos pensar em Jesus e como ele suportou tantas ofensas que vêm de nós:
“Se for difícil controlar sua raiva, provocada por um ferimento de um de seus semelhantes, considere o quanto Deus suportou de você e o quanto Ele suportou por você. Você não era inimigo Dele quando Ele derramou a última gota de seu Sangue por você. E eis que com doçura e paciência Ele suporta suas ofensas diárias contra Ele, e com misericórdia e ternura Ele o recebe quando você retorna para Ele.”
Amor excessivo
Além disso, uma das razões pelas quais ficamos com raiva é por causa de um amor excessivo por nós mesmos. Diz o frei sobre a raiva e o ódio:
“O mais eficaz e soberano remédio contra esse vício é arrancar do coração o amor desordenado de si mesmo e de tudo o que pertence a você. Caso contrário, a mais leve palavra ou ação dirigida contra você ou seus interesses o levará à raiva. Quanto mais você se inclina a esse vício, mais perseverante deve ser na prática da paciência. Acostume-se, tanto quanto possível, a enfrentar com calma as contradições e decepções que provavelmente encontrará, e assim o efeito delas sobre você será muito reduzido.
Deixar a cabeça esfriar
Por último, lembre-se de nunca agir com raiva, pois quando nossos sentimentos diminuírem, teremos uma mente muito mais clara.
“Nunca aja até que sua raiva tenha diminuído ou até que você tenha repetido uma ou duas vezes o Pai-Nosso ou alguma outra oração. Plutarco conta a história de um sábio que, ao despedir-se de um monarca, aconselhou-o a nunca falar ou agir com raiva, mas esperar até que repetisse para si mesmo as letras do alfabeto. Aprenda uma lição com isso e evite as consequências maléficas de agir movidos pela raiva.”
Fonte: Aleteia