Produção brasileira conta como cinco mulheres católicas se relacionam com a fé e as dificuldades da vida.
O documentário “O Sim de Maria” é centrado no depoimento de cinco mulheres católicas, que revelam como elas se relacionam com a fé e como enfrentam as dificuldades da vida.
O filme está disponível gratuitamente no YouTube e já ultrapassou o patamar de 400 mil visualizações, superando as expectativas de seus produtores. “Temos a tradição de fazer um especial de Natal a cada ano. Desta vez, decidimos abordar o ‘sim’ de Nossa Senhora, com todas suas implicações e sua vinculação com a cruz de Cristo. Escolhemos personalidades das mais diversas vocações para refletir sobre essa dimensão do sofrimento, e a repercussão foi incrível”, conta o fundador da Lumine, Matheus Bazzo.
Segundo ele, cada uma das mulheres que integra o documentário agrega uma dimensão especial: a força interior de Letícia Cazarré, que tem uma bebê com uma grave doença congênita no coração; o apostolado na carreira musical de Ziza Fernandes; a visão sobrenatural de Rebecca Athayde, que, ainda durante a gravidez, soube que seu filho teria pouco tempo de vida; a vocação fecunda de Samia Marsili, mãe de sete meninos; e a entrega total de Madre Suzana, irmã carmelita.
Bazzo destaca que o Natal não existe para ser vivido apenas no dia 25 de dezembro. “Todos os dias são uma oportunidade para deixar Cristo nascer em nossas vidas através do nosso ‘sim’. A história dessas cinco mulheres exemplifica isso de uma forma muito forte, concreta e inspiradora. Nos emocionamos durante a gravação, quando o filme ficou pronto e também na primeira exibição. E muitas pessoas estão relatando esse mesmo impacto. ‘O Sim de Maria’ tomou uma proporção que não imaginávamos que teria”, revela o fundador da plataforma de streaming.
Sofrimento a partir da visão sobrenatural
Diretor de Marketing da Lumine, Kevin Eger avalia que o filme está tendo uma recepção tão positiva por ter entrado na vida íntima das pessoas e por apresentar um Natal baseado na vida real. “Deus nasceu e não tinha um lugar para nascer, e Nossa Senhora passou por muitas dificuldades. As pessoas costumam enxergar essa data de uma maneira idealizada e até romântica, mas esse fato histórico só ganha real sentido quando vinculado à dimensão da cruz”, explica. Segundo ele, a intenção foi mostrar a realidade do Natal a partir do ‘sim’ diário de várias mulheres — que, assim como Maria, lidam com o sofrimento “a partir de uma visão de eternidade”.
Exemplo disso é Letícia Cazarré. Ao lado do marido, o ator Juliano Cazarré, ela tem enfrentado um drama familiar: a filha Maria Guilhermina, de apenas seis meses, possui uma enfermidade rara e já passou por diversos procedimentos médicos. A Lumine foi a primeira produtora a ter acesso à UTI neonatal, onde foram gravadas diversas cenas do filme. “Trazemos uma nova visão sobre essa realidade dramática. Todas as emissoras enfatizam o aspecto natural, mas nós queremos mostrar aos brasileiros a dimensão sobrenatural disso tudo que eles estão vivendo”, afirma Kevin Eger.
Com quase duas horas de duração, a produção original tem direção de Julia Sondermann e Gustavo Leite. O formato do documentário se soma à linguagem da ficção — com uma representação da Sagrada Família na jornada do nascimento de Jesus Cristo, tudo gravado no Rio Grande do Sul.
Fonte: Aleteia