O ex-jogador brasileiro explicou que a peregrinação é para cumprir uma promessa que ele fez
Nesta quarta-feira, 8 de junho de 2022, o ex-jogador brasileiro Ronaldo Fenômeno deu início à etapa final do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Ao todo, ele e a mulher Celina Locks terão vencido 500 quilômetros. Admitindo estar sem preparo físico, eles utilizam bicicletas elétricas.
Em uma transmissão ao vivo, o ex-jogador revelou que a peregrinação é uma forma de cumprir uma promessa. Disse ele:
“Para celebrar o acesso direto do Valladolid, fiz uma promessa faz muito tempo, quando caímos, inclusive. Se voltássemos, faria o Caminho de Santiago de bicicleta. Não vou correndo, se não, nem chego (risos).”
Ronaldo é dono do time Valladolid, que subiu para a primeira divisão do futebol espanhol (LaLiga).
O ex-jogador também não descarta cumprir outra promessa caso o Cruzeiro, líder da série B do Brasileirão 2022, suba para a série A da competição. Ronaldo também é dono do time mineiro onde iniciou a carreira. Ele não revelou qual desafio cumprirá se o time conquistar o acesso à primeira divisão.
Redes sociais
Durante todo o percurso até Santiago de Compostela, o ex-jogador – que fez história em grandes times, como Cruzeiro, Corinthians, Real Madrid, Barcelona, Inter de Milão e a seleção brasileira – registrou cada etapa desta experiência de fé e publicou tudo no seu perfil no Instagram.
O que a Igreja diz sobre as promessas?
Mas, a final, o que a Igreja Católica nos diz sobre as promessas ou ex-votos?
O Catecismo da Igreja Católica (§ 2101) diz:
“Por devoção pessoal, o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à Majestade divina e do amor para com o Deus fiel.”
De fato, as promessas são muito tradicionais e presentes na vida dos católicos. Constituem formas de agradecimento por um favor obtido. Mas, de acordo com o Pe. Reginaldo Manzotti, Deus não nos pede isso. “Deus não pede promessa. Somos nós que fazemos. Porque a aliança dele já foi estabelecida no Cristo. E essa é imutável. Deus não está pedido para você fazer promessa. Se fizer, cumpra”, explica o sacerdote.
Ainda de acordo com o padre, promessa não é barganha, mas existe um sentido lógico nesta intenção:
“Há graças que devem ser somadas à oração e à penitência, atos de caridade. Então, é tão importante se recebê-la, que você faça certas mortificações, certos atos de caridade para a graça recebida…São Paulo cumpriu uma promessa e raspou a cabeça. Por isso, tem gente que pensa: se eu receber essa graça, quando eu receber, eu farei tal propósito. Não é para chantagear Deus, mas mostrar, reconhecer que aquilo que foi recebido não foi por seus méritos, mas por Deus.”
Fonte: Aleteia