Missa não foi campal como de costume, por consequência da pandemia de Covid-19.
No dia 11 de abril, Segundo Domingo da Páscoa e Festa da Divina Misericórdia, o padre Alberto Gambarini celebrou a Santa Missa na Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres e Divina Misericórdia. Por conta da pandemia, a missa, que geralmente é campal, aconteceu na igreja, sem a presença dos milhares de fiéis que nesta data comparecem à Itapecerica, inclusive através das tradicionais caravanas. Contudo, mais de 45 mil pessoas acompanharam a transmissão através das redes sociais do Pároco.
Padre Alberto deu início à celebração com belas palavras quando disse “que hoje os céus possam se abrir e derramar sobre você todas as bênçãos do céu. É a missa da Divina Misericórdia, para que possamos nos colocar diante de Jesus Misericordioso e pedir: derrama sobre nós as Tuas infinitas graças. Derrama sobre o mundo e sobre o Brasil as tuas infinitas graças pelo fim desta pandemia.”
Em 11 de abril a paróquia também celebra Nossa Senhora dos Prazeres. Por isso, ressaltou o Pároco: “Nossa Senhora não quis ser lembrada somente por suas dores, mas também por suas alegrias. Portanto, hoje, o Senhor estará cobrindo você com as bênçãos do céu.”
Um convite para refletir
Padre Alberto convidou os fiéis para uma reflexão: “quantas vezes nós nos encontramos na mesma situação dos discípulos logo após a morte de Nosso Senhor no dia da ressurreição? Estavam com as portas fechadas, com medo dos judeus e Jesus vai ao encontro deles. Talvez nós não tenhamos sentido uma verdade espiritual poderosa. Não somos nós que vamos até Jesus. É sempre ele que vem a nós. Nós não enxergamos, muitas vezes. Ficamos fechados em nós mesmos. Mas Jesus sempre vem ao nosso encontro. O Evangelho vai dizer que Ele atravessa as paredes, mas não atravessa para censurar. A primeira palavra de Jesus foi ‘a paz esteja convosco’, e depois Ele sopra o Espírito Santo. O Domingo da Misericórdia nos convida a olhar para nossa vida e perguntar: nós deixamos Jesus atravessar os nossos medos? Nós deixamos Jesus preencher os nossos vazios? Nós cremos que jesus deseja nos restaurar, consolar, curar e libertar?
A Festa da Divina Misericórdia
No segundo domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, instituída há mais de 20 anos (no ano 2000) por São João Paulo II. A celebração foi solicitada pelo próprio Jesus Cristo em uma de suas aparições à Santa Faustina Kowalska, na época, uma pequena freira polonesa.
No diário da agora Santa Faustina (que contém escritos da Santa contando a história de sua vida, desde a infância, até sua entrada na vida religiosa e as revelações feitas por Jesus Misericordioso), é possível ler o que disse Jesus à Faustina sobre a Festa da Divina Misericórdia:
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia; derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das culpas e das penas. […] Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha Misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha Misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, o Meu amor e a Minha Misericórdia. […] A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha Misericórdia” (Diário 699).