Milagre que elevou padre Francisco Jordan à honra dos altares aconteceu no Brasil
O fundador da Sociedade do Divino Salvador, comumente chamado de Salvatorianos, padre Francisco Jordan, foi beatificado neste sábado, 15. A celebração na Basílica São João de Latrão foi presidida pelo vigário-geral do Papa para a diocese de Roma, Cardeal Angelo De Donatis.
Durante a Missa, antes do Glória, o rito de beatificação. Este foi realizado na presença do superior geral da Sociedade do Divino Salvador, padre Milton Zonta e do postulador geral, padre Adam Teneta.
O milagre que levou padre Jordan à beatificação aconteceu no Brasil, na cidade de Jundiaí (SP), em 2014. Um jovem casal, Fernando Ferreira da Silva e Gisele Cardoso Santos Silva, esperava seu primeiro bebê. Após várias investigações, foi informado por médicos que o feto sofria de uma doença óssea incurável (displasia esquelética). O casal era membro do grupo de Leigos Salvatorianos e pediu a intercessão do Venerável Servo de Deus, padre Jordan. Também convidaram outros membros da Família Salvatoriana para se juntarem a eles.
A criança, Lívia Maria Ferreira Santos Silva, nasceu com plena saúde no dia 8 de setembro de 2014, dia do aniversário da morte de Padre Francisco Jordan. Depois que os procedimentos canônicos exigidos foram concluídos com sucesso, o Papa Francisco declarou que esta cura milagrosa foi operada por Deus por intercessão de padre Francisco Jordan.
Biografia
Padre Francisco Maria da Cruz Jordan nasceu em 16 de junho de 1848 em Gurtweil, arquidiocese de Freiburg, Alemanha. Aos 30 anos, em 21 de julho de 1878, foi ordenado sacerdote.
Seu bispo o enviou a Roma para estudar línguas orientais no Instituto Santo Apolinário. De Roma, viajou para a Terra Santa, onde teve a noção clara da vocação de fundar uma obra apostólica com o objetivo de tornar conhecido o único Deus verdadeiro que se revelou em seu Filho, Jesus Cristo, Salvador do mundo. Ele também se sentiu encorajado a fazê-lo com a audiência privada que teve com o Papa Leão XIII.
Em 8 de dezembro de 1881, o padre Francisco Jordan fundou a Sociedade Apostólica Instrutiva na Capela de Santa Brígida em Roma. A pedido da autoridade eclesiástica, mudou o nome para Sociedade Católica Instrutiva, e por fim, para Sociedade do Divino Salvador (Salvatorianos).
Dois anos mais tarde, deu início a uma comunidade feminina, que logo se tornou uma Congregação totalmente independente de seu trabalho apostólico (Congregação das Irmãs da Santíssima Mãe das Dores). Em 8 de dezembro de 1888, com a ajuda de Therese von Wüllenweber, hoje Beata Maria dos Apóstolos, fundou a Congregação das Irmãs do Divino Salvador em Tivoli, proximidades de Roma.
A participação do laicato, no projeto de Jordan, esteve desde o início, enquanto organização instituída. Hoje, é nomeada Comunidade Internacional do Divino Salvador. No Brasil, a Família chegou com os salvatorianos e, em 1936, com as irmãs. O início dos grupos de leigos aconteceu em 1986.
Morte e processo de beatificação
O novo beato morreu em 8 de setembro de 1918 em Tafers, perto de Friburgo (Suíça). Foi sepultado, por ordem do bispo diocesano, na igreja paroquial. Em 1956, seus restos mortais foram transferidos para Roma e colocados na capela lateral da Casa Mãe da Sociedade do Divino Salvador.
Seu processo de beatificação teve início em Roma em 1942. Padre Francisco Jordan foi declarado Venerável em 14 de janeiro de 2011 pelo Papa emérito Bento XVI. O decreto do milagre foi aprovado em 19 de junho de 2020 pelo Papa Francisco.
Fonte: Canção Nova