Há exatos 115 anos, nascia em Portugal, a irmã Lúcia de Jesus, que em 1917 foi uma das videntes de Fátima, ao lado de seus primos, os santos Francisco e Jacinta Marto.
Lúcia Rosa dos Santos nasceu em Aljustrel, no dia 28 de março de 1907, e foi batizada dois dias depois. Recebeu a Primeira Comunhão em 30 de maio de 1913, por mediação do Pe. Cruz – de acordo com a documentação conhecida –, impressionado com os seus conhecimentos catequéticos.
Em suas ‘Memórias’, relata que em 1915 teve pela primeira vez visões de uma espécie de nuvem, com forma humana, por três ocasiões diferentes, quando estava com outras amigas. E, a partir do ano seguinte, Lúcia e seus primos Francisco e Jacinta receberam as manifestações do Anjo de Portugal.
Em 13 de maio de 1917, apareceu aos três pastorinhos a Virgem Maria e, a partir de então, a vida deles se transformou completamente. As crianças acolheram o apelo de Nossa Senhora, passaram a recitar diariamente o terço, fazer sacrifícios pelos pecadores e, durante seis meses, sempre no dia 13, comparecem ao local onde a Virgem lhes aparecia.
Além disso, Lúcia, Francisco e Jacinta passaram a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados de mentirem e inventarem os acontecimentos. Mas, nada disso desanimou a fé daquelas crianças, que seguiram firmes no amor a Deus e à Nossa Senhora.
Após a última aparição em 13 de outubro de 1917, Lúcia se recolheu no Asilo de Vilar, a conselho do Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, começando assim uma vida retirada do mundo.
Em 5 de janeiro de 1922, escreveu o primeiro relato das aparições e, em 8 de julho de 1924, respondeu, no Porto, ao interrogatório oficial da Comissão Canônica Diocesana nomeada por dom José Alves Correia da Silva, sobre os acontecimentos de Fátima.
Posteriormente, em 1925, Lúcia ingressou na Congregação de Santa Doroteia, na Espanha, onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus.
Desejando uma vida de maior recolhimento para responder à mensagem que a Senhora lhe tinha confiado, entrou no Carmelo de Coimbra, em 1948, onde se entregou mais profundamente à oração e ao sacrifício e tomou o nome de irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado.
Foi neste Carmelo que irmã Lúcia faleceu em 13 de fevereiro de 2005. Atualmente, seus restos mortais se encontram sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, desde o dia 19 de fevereiro de 2006.
Durante sua vida, irmã Lúcia respondeu a milhares de cartas e pedidos de orações das mais variadas pessoas, entre Papas, chefes de estado e de governo, cineastas e gente simples. Tais correspondências foram analisadas durante a fase diocesana do processo de canonização que chegou ao fim em 13 de fevereiro de 2017.
Agora, o processo de canonização de irmã Lúcia se encontra na competência direta da Santa Sé e do papa.
Fonte: ACI Digital