Motivação foi o reconhecimento do trabalho de Guterres de mediação política na complexidade do mundo, com um estilo dialógico e cordial
A “Lâmpada da Paz de São Francisco” foi conferida, nesta edição, ao secretário-geral da ONU, António Guterres. O Custódio do Sacro Convento de Assis, frei Marco Moroni, anunciou a entrega do prêmio, que será na próxima primavera, durante sua saudação de abertura na XXXV edição do tradicional Concerto de Natal dos frades da Basílica de São Francisco de Assis realizada no sábado, 19. O evento histórico contou com a participação de Andrea Bocelli.
Nas últimas edições, o reconhecimento foi dado ao presidente da República da Colômbia, Juan Manuel Santos, à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ao rei da Jordânia, Abdullah II, e ao presidente da República Italiana, Sergio Mattarella.
“Este ano, a lâmpada da paz será entregue a António Guterres, secretário geral da ONU, pela sua longa atividade política vivida como vocação a serviço do bem comum”, explicou frei Marco Moroni. “Em particular, a motivação que nos levou a este reconhecimento é o seu trabalho incansável de mediação política na complexidade do nosso mundo que se debate com tantos conflitos, guerras, injustiças e degradação do ser humano e da criação; um compromisso profundo com um estilo dialógico e cordial, um estilo de humanismo fraterno, como o chamamos nós, frades do Sacro Convento”.
O concerto de Natal foi dirigido pelo maestro Steven Mercurio, com a Orquestra Carlo Felice de Gênova, a violinista Anastasiya Petryshak e a soprano Clara Barbier Serrano.
“Este tradicional Concerto de Natal, que noutros anos foi particularmente alegre e festivo, este ano é marcado, como todas as nossas vivências quotidianas, pela pandemia de Covid-19, a perda de muitas vidas, pelas medidas de precaução que exigem evitar aglomeração de pessoas. No entanto – disse frei Marco Moroni – como todos os anos, mesmo que as circunstâncias externas sejam muito diferentes, e inevitavelmente diferente também é a nossa situação espiritual, o Concerto de Natal desta Basílica continua a exprimir de alguma forma o grande Mistério que ilumina o mundo e o tempo – sim, este tempo de obscuridade – numa perspectiva de comunhão universal e eterna”.
com Sala de Imprensa do Sacro Convento de Assis
Fonte: Canção Nova