O Governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou ontem, 4, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes que essa é a fase mais difícil da pandemia do novo coronavírus até o momento.
“Estamos enfrentando a fase mais dura e mais difícil dessa pandemia”, afirmou, diante dos mais de 100 mil casos já oficializados no País. O Estado de São Paulo tem 31.772 casos confirmados de coronavírus, com 2.627 óbitos.
O número de internados cresceu nos últimos dias em todo o estado, chegando a 3.272 pessoas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 5.150 em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 67,9% no estado e a 88,8% na Grande São Paulo.
Máscaras obrigatórias
O governador também anunciou que o uso de máscaras nas ruas em todo o estado será obrigatório a partir da quarta-feira, 7. Com isso, além da obrigatoriedade do uso em transporte público, que teve início na segunda-feira, os paulistas serão obrigados a usar a máscara, mesmo a de tecido, em qualquer espaço público, ou seja, quando precisarem sair de casa. O decreto será publicado no Diário Oficial de na terça-feira, 5.
“A partir de hoje já passa a valer a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os meios de transporte público e privado e agora estendemos isso a toda população, com o objetivo de proteger os brasileiros de São Paulo, para que tenham menos possibilidade de serem infectados ou irem a óbito”, afirmou Doria.
A regulamentação sobre esse decreto caberá a cada prefeitura. São elas que vão definir a fiscalização e a aplicação das penalidades a quem desobedecer à medida. Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na capital, a regulamentação das medidas deverá ser estabelecida até a quarta-feira, 6.
Relaxamento das medidas
O isolamento social no estado de São Paulo voltou a alcançar no último domingo, 3, 59%, taxa considerada satisfatória pelo governo paulista. Na capital, o isolamento chegou a 58%. O ideal é a taxa acima de 70%, mas o governo considera satisfatórios índices entre 50% e 60%.
Segundo o governador, as cidades que não atingirem taxas satisfatórias e se mantiverem abaixo de 50% não vão participar do plano de relaxamento das medidas de isolamento, previstas para ter início no próximo dia 11.
“Não havendo índice superior a 50%, cidades estarão automaticamente excluídas de relaxamento”, disse Doria. Durante o período de quarentena, somente os serviços considerados essenciais – como logística, segurança pública, saúde e abastecimento – têm funcionamento permitido no estado.
De acordo com Doria, a quarentena adotada em São Paulo ajudou a diminuir a propagação do vírus evitando que o atual número de mortes fosse dez vezes maior. Ele assegurou que a quarentena só será encerrada após a aprovação da ciência e da Medicina.
(Com informações do Governo do Estado)
Fonte: Diocese de Campo Limpo