É Deus que, esvaziando-se de Si mesmo, vem a nós e faz sua morada, assumindo nossa natureza humana em tudo, menos no pecado. Vem para trazer a luz, a paz e a salvação.
Na próxima segunda-feira, dia 25, será Natal! O momento para o qual nos preparamos neste último mês mais especificamente é daqui a pouco. Intensifica-se a preparação para a festa cristã que celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E essa festa deve muito ser celebrada, pois esse fato mudou o rumo da história da humanidade. O Verbo de Deus, a luz verdadeira, vem ao mundo para iluminar todos os homens (cf. Jo 1,9). Jesus, o Emanuel, Deus Conosco na plenitude dos tempos, entra na história como uma frágil criança. É Deus que, esvaziando-se de Si mesmo, vem a nós e faz sua morada, assumindo nossa natureza humana em tudo, menos no pecado. Vem para trazer a luz, a paz e a salvação.
Não há certeza do dia exato do nascimento de Jesus. As Sagradas Escrituras registram onde, mas não quando nasceu o Salvador. Inicialmente os cristãos, em cada comunidade e segundo suas tradições, buscaram uma data para festejar o Natal de Jesus. Procurando unificar em uma só data esta festa, no início do século IV, a Igreja Católica estipulou o dia 25 de dezembro para festejar o nascimento de Jesus.
A data escolhida pela Igreja coincide com o tempo do solstício de inverno no Hemisfério Norte, o que torna a partir do dia 25 de dezembro, os dias mais longos e as noites mais curtas. Data propícia para celebrar a chegada de Jesus, luz do mundo. A Bíblia narra o nascimento de Jesus, nos Evangelhos de Mateus e Lucas, sendo que o de Lucas é mais rico em detalhes, citando o local e as condições:
“Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto ordenando o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz a seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa-nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu, na Cidade de Davi, um Salvador que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura. E subitamente o anjo se juntou a uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina)”. (Lc 2,1-14).
Na noite do dia 24 de dezembro celebramos uma Missa especial onde a liturgia da Palavra narra os fatos que envolveram o nascimento de Jesus. Essa Missa era realizada tradicionalmente à meia-noite. Com o passar do tempo, a Missa do Galo, por questões pastorais, foi antecipada para uma hora mais adequada.
Recebeu esse nome, porque o galo anuncia a chegada do sol trazendo um novo amanhecer. Mas, nesse dia a humanidade é quem canta: Nasceu o Sol da Justiça, a Luz do Mundo, o Amanhecer da Esperança. E, nas Missas do dia 25, celebramos o Verbo, Deus que se fez carne e habitou entre nós.
A cada ano, somos chamados por Deus a celebrar esse dia significativo na história da salvação, porque Natal é renovação. Que todos tenhamos um santo e feliz Natal.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti!
Fonte: Aleteia