Francisco rezou o Angelus neste 1º de janeiro com ênfase na “ternura do cuidar”, a partir do exemplo da maternidade de Maria; também recordou seu predecessor, Bento XVI, falecido em 31 de dezembro.
A “ternura do cuidar” é a prática indicada pelo Papa Francisco no Angelus deste 1º de janeiro. Em sua reflexão, também recordou seu predecessor, o Papa emérito Bento XVI, que faleceu ontem. Convidou todos os fiéis a se unirem “com um só coração e uma só alma” para agradecer a Deus “pelo dom deste fiel servidor do Evangelho e da Igreja”.
Em sua alocução, o Papa se deteve sobre a maternidade de Maria e sua “linguagem típica”, isto é, a ternura do cuidar. Com efeito, depois de levar no ventre por nove meses o dom de um misterioso prodígio, as mães continuam a colocar os seus filhos no centro de todas as atenções.
“Irmãos e irmãs, como todas as mães, Maria leva em seu ventre a vida e assim nos fala sobre o nosso futuro. Mas ao mesmo tempo nos recorda que se quisermos realmente que o novo ano seja bom, se quisermos reconstruir a esperança, precisamos abandonar as linguagens, os gestos e as escolhas inspiradas pelo egoísmo e aprender a linguagem do amor, que é cuidar. Ou seja, cuidar é uma nova linguagem.”
Eis o convite do Papa então a cuidar: cuidar da vida, do tempo, da alma; cuidar da criação e do ambiente em que se vive. Mais ainda, cuidar do próximo. “Olhando para Nossa Senhora com o Menino ali, cuidando do Menino, aprendamos também nós a cuidar dos outros, inclusive de nós mesmos, cuidando da saúde interior, da vida espiritual, da caridade.”
É justamente esta a exortação contida na mensagem para o Dia Mundial da Paz, celebrado neste 1º de janeiro: perante as crises pessoais e sociais que vivemos, perante a tragédia da guerra, somos chamados enfrentar os desafios do nosso mundo com responsabilidade e compaixão.
“Imploremos a Maria Santíssima, Mãe de Deus, que nesta época poluída pela desconfiança e pela indiferença, nos torne capazes de compaixão e cuidado, capazes de comover-se e de parar diante do outro, sempre que for necessário.”
Fonte: Canção Nova