Este título mariano tem a ver com o nascimento de Jesus e toda a expectativa de Nossa Senhora.
No dia 18 de dezembro, a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora do Ó. Trata-se de mais uma invocação mariana que pode chamar a atenção por ser desconhecida por muitos fiéis. Outros, entretanto, a celebram sem mesmo conhecer a origem da devoção.
O fato é que esse título tem a ver com o nascimento de Jesus e toda a expectativa de Maria em relação ao evento que marcou a história da salvação.
A origem da devoção a Nossa Senhora do Ó
A promessa de um redentor para o mundo foi feito por Deus a Adão após o pecado original. Assim, a humanidade ficou séculos esperando o nascimento daquele que nos abriria as portas do Céu. Especialmente no povo eleito, havia os que aguardavam o nascimento desse Salvador, o Messias. E, sobretudo, esperava-O ardentemente uma moça pertencente ao povo judeu: Maria Santíssima.
Para celebrar essa expectativa de Nossa Senhora, o anseio e a alegria com que Ela aguardava o nascimento de seu divino Filho, a Igreja determinou que a última semana antes do Natal fosse denominada “da expectação” ou “da esperança”. E que esses desejos estivessem refletidos nas antífonas do Ofício ou Breviário que os sacerdotes e religiosos devem rezar.
Por coincidência, nessa mesma semana, elas começavam todas por “Ó!“: Ó, Sabedoria! Ó, Emmanuel! Ó, Rei dos Povos!, etc; antífonas que terminavam todas com a invocação “veni”, ou seja, “vinde“.
Tais súplicas ardentes que invocavam a vinda do Salvador do mundo foram extraídas pela Igreja das mais notáveis passagens da Sagrada Escritura, nas quais os Patriarcas e Profetas manifestavam seus desejos de que nascesse o quanto antes o Redentor.
Se eles manifestavam assim tais desejos, quanto mais não os manifestaria Nossa Senhora, que sabia estar tão próximo o nascimento do Messias! E se eles diziam “Ó, Senhor, vinde logo“, com quanta mais fé Nossa Senhora não diria o mesmo! Desse pensamento piedoso nasceu a devoção a Nossa Senhora do Ó.
Fonte: Aleteia