O apóstolo parecia não querer aceitar o mistério da Paixão e foi repreendido por Cristo
Por: Mário Scandiuzzi
O que acho bonito na história de São Pedro é que a Bíblia o retrata como uma pessoa comum, com defeitos e qualidades, e que teve a coragem de abandonar sua vida para seguir Jesus.
Simão Pedro foi um dos primeiros apóstolos. Ele e seu irmão André estavam pescando quando ouviram o chamado de Jesus: “vinde após mim e vos farei pescadores de homens” (Mateus 4, 19).
Foi ele que andou sobre as águas com Jesus no mar da Galileia (Mateus 14, 24-33).
Pedro também revelou que Jesus “é o Cristo, filho do Deus vivo” (Mateus 16, 16).
Mas o apóstolo também ouviu uma grande “bronca” de Jesus. Foi quando Cristo fez o primeiro anúncio da Paixão (Mateus 16, 21-23).
Ao ouvir que Jesus iria sofrer muito, morrer e ressuscitar ao terceiro dia, Pedro respondeu: “Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá” (v. 22).
Em seguida Jesus respondeu: “Afasta-te, Satanás, tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!” (v. 23).
Quando olhamos como nossos olhos humanos, como Pedro deve ter pensado, acreditamos ser loucura passar por todos esse sofrimento. Que plano de Deus é esse, deixar que Seu filho morra? Mas a finalidade não é a morte, e sim a vida. E a salvação passa pela cruz.
Pedro ainda lutou com o soldado romano no momento da prisão de Jesus (João 18, 10) e o negou três vezes (Mateus 26, 69-75). Apesar da fraqueza humana, Pedro não desistiu. Foi renovado pelo Espírito Santo para sua missão: recebeu as chaves do reino dos céus e se tornou a pedra sobre a qual a igreja de Cristo foi edificada (Mateus 16, 18).
E tudo isso aconteceu porque Pedro ouviu o Cristo e teve a coragem de renunciar a si mesmo: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á” (Mateus 16, 24-25).
Fonte: Aleteia
