Na Audiência Geral desta quarta-feira, Francisco fez “um apelo às instituições para que façam todos os esforços para proteger os menores, preenchendo as lacunas econômicas e sociais que estão na base da dinâmica distorcida em que eles infelizmente estão envolvidos”.
Na Audiência Geral desta quarta-feira (10/06), o Papa Francisco fez um apelo contra o trabalho infantil. Recordou que na próxima sexta-feira, 12 de junho, celebra-se o Dia Mundial contra a Exploração do Trabalho Infantil, “fenômeno que priva meninos e meninas de sua infância e põe em risco seu desenvolvimento integral”, e chamou a atenção para a situação das crianças nesse tempo marcado pelo coronavírus.
Na atual situação de emergência sanitária, em vários países, muitas crianças e adolescentes são obrigados a trabalhar em empregos inadequados à sua idade para ajudar suas famílias em condições de extrema pobreza. Em muitos casos, essas são formas de escravidão e reclusão, resultando em sofrimentos físico e psicológico. Todos somos responsáveis por isso. Faço um apelo às instituições para que façam todos os esforços para proteger os menores, preenchendo as lacunas econômicas e sociais que estão na base da dinâmica distorcida em que eles infelizmente estão envolvidos. As crianças são o futuro da família humana: todos temos a tarefa de promover seu crescimento, saúde e serenidade!
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o trabalho infantil envolve 150 milhões de crianças de 5 a 14 anos. O Dia Mundial contra a Exploração do Trabalho Infantil foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2002, a fim de conscientizar a sociedade, trabalhadores, empregadores e governos do mundo todo contra o trabalho infantil.
De acordo com a OIT, antes da difusão da Covid-19, quase 100 milhões de crianças tinham sido resgatadas do trabalho infantil até 2016. Isso fez com que o número de crianças nessa situação caísse de 246 milhões, no ano 2000, para 152 milhões, em 2016, segundo a última estimativa global divulgada.
O trabalho infantil é proibido no Brasil, mas atinge pelo menos 2 milhões e 400 mil crianças de 5 a 17 anos, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2016, do IBGE.
Fonte: Vatican News