O magistério é a central de ensinamento oficial da Igreja, incluindo o papa e os bispos em união com ele
Não é raro ouvir um católico se referir ao “magistério” da Igreja. Mas o que é isso, afinal, e o que ele faz?
Em termos simples, o magistério é a sede de ensino – no sentido de função e autoridade, não no sentido de um escritório propriamente dito – da Igreja, que consiste no papa e nos bispos em união com ele.
São eles que têm a tarefa de interpretar as Escrituras e fazer julgamentos sobre a “tradição” dentro da Igreja, fazendo declarações oficiais sobre a autenticidade de tais tradições.
Aqui está como o Catecismo da Igreja Católica define o magistério:
O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo, isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma. (CIC 85)
Essa tarefa, dada aos apóstolos e a São Pedro por Jesus Cristo, pode ser vista no Novo Testamento, especificamente nos Atos dos Apóstolos, onde surgiu uma disputa sobre a admissão de gentios na comunidade cristã inicial.
São Pedro teve uma visão em que ele foi instado por Deus a aceitar os “impuros”. Depois proclamou: “Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo”. (Atos 10, 47-48)
O batismo dos gentios é um exemplo de como Pedro e os apóstolos encontraram uma nova situação, na qual eles tiveram que discernir qual ação seria correta a se tomar. Inspirados pelo Espírito Santo, eles foram capazes de fazer uma proclamação que interpretava a Palavra de Deus de maneira autêntica.
Os católicos acreditam que o Papa e os bispos em união com ele são os dignos de confiança nessa tarefa, por causa da promessa de Jesus de enviar o Espírito Santo sobre eles, orientando-os no processo de proclamar certos “dogmas” e de julgar a autenticidade de certas tradições.
Todo o conceito de magistério depende dessa crença, que advém da promessa de Jesus: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade” (João 14, 16-17).
Fonte: Aleteia