Antes de ser declarada santa, a pessoa candidata aos altares é reconhecida pela Igreja Católica como beata.
A Igreja Católica tem um longo processo em vigor para examinar a vida de uma pessoa a fim de determinar se ela viveu em união com Deus e praticou as virtudes cristãs num grau tão extraordinário a ponto de que todos possam imitá-la.
Um dos primeiros grandes passos nesse caminho rumo aos altares é a beatificação.
A palavra deriva do latim “beatus“, que significa “abençoado”, “bem-aventurado”; e “facere“, ou seja, “fazer, tornar”. Beatificar, portanto, é simplesmente o ato de declarar um indivíduo “bem-aventurado”.
Ser beatificado é o último passo antes de ser canonizado. Para chegar à beatificação, o indivíduo precisará, via de regra, ter um milagre atribuído à sua intercessão – e depois mais um para poder chegar à canonização.
Por isso mesmo, durante o processo de beatificação, o bispo local costuma promover esta causa entre os fiéis encorajando-os a orar e a pedir a intercessão desse servo de Deus. Um dos tipos mais comuns de milagres obtidos por intercessão é a cura repentina de uma pessoa doente. Segundo o autor Michael O’Neill, para que esta cura seja considerada milagrosa, a doença deve ser grave e impossível (ou pelo menos muito difícil) de curar por meios humanos e não estar num estágio em que possa desaparecer em breve, por si própria. Nenhum tratamento médico deverá ter sido aplicado, ou deve-se obter a certeza de que o tratamento dado não teve impacto na cura. A cura, além do mais, deve ser espontânea, completa e permanente.
Pode levar muitos anos até que um milagre seja verificado pelo Vaticano, pois centenas de casos são apresentados todos os anos. Nem todos eles são milagres de fato, e, portanto, o Vaticano precisa eliminá-los, determinando quais são autênticos e quais não são.
Além disso, quando um indivíduo é beatificado, este fato normalmente autoriza a(s) diocese(s) local(is) a celebrarem a sua vida, o que leva os beatos a serem incluídos em alguns calendários litúrgicos. Somente quando um indivíduo é canonizado é que ele é aprovado para veneração generalizada.
A cerimônia de beatificação não pretende ser uma recompensa para certos homens ou mulheres após a sua morte, mas uma confirmação pública da sua vida santa e da sua união com Deus.
Fonte: Aleteia