A arte sempre fala à alma. Ela tem o poder de promover o reconhecimento de nossa humanidade comum, de construir pontes entre culturas e povos e de criar o senso de solidariedade de que tanto precisamos em nosso mundo tristemente dividido e devastado pela guerra. A arte regenera o espírito humano, assim como a água regenera o deserto seco e árido: disse o Papa ao receber esta quinta-feira (9) os membros da fundação Benfeitores das Artes dos Museus Vaticanos por ocasião dos seus 40 anos.
O Santo Padre recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira (9), na Sala Clementina, no Vaticano, os membros da fundação Benfeitores das Artes dos Museus Vaticanos, um grupo de cerca de 300 pessoas, por ocasião de seus 40 anos.
Ao dar-lhes as boas-vindas, Francisco agradeceu-lhes mais uma vez por sua colaboração no importante trabalho de conservação e restauração do patrimônio artístico e cultural dos Museus Vaticanos. O compromisso de vocês, disse o Papa, é um sinal concreto de seu apreço pelo potencial das artes, em suas muitas formas, de abrir mentes e corações para a beleza da criação e para a misteriosa riqueza de nossa vida e vocação humanas.
O trabalho de conservação para o qual vocês contribuem, ao mesmo tempo em que protegem esse precioso legado do passado, também convida as novas gerações a refletir sobre a conexão intrínseca entre arte, história, cultura e fé. Há uma conexão intrínseca entre elas: arte, história, cultura e fé.
A arte sempre fala à alma
O Pontífice lembrou que o objetivo deles como Benfeitores das Artes dos Museus Vaticanos é garantir que os tesouros artísticos das coleções Vaticanas, nos quais se reflete a imensa diversidade de culturas, tradições e expressões criativas que enriquecem o mundo, possam continuar a “inspirar, elevar e revelar” as esperanças e aspirações mais profundas do coração humano.
Francisco frisou, ainda, que a arte, e a arte religiosa em particular, pode levar uma mensagem de misericórdia, compaixão e encorajamento não apenas aos crentes, mas também àqueles que duvidam, que se sentem atordoados, incertos ou talvez sozinhos.
Porque a arte sempre fala à alma. Ela tem o poder de promover o reconhecimento de nossa humanidade comum, de construir pontes entre culturas e povos e de criar o senso de solidariedade de que tanto precisamos em nosso mundo tristemente dividido e devastado pelas guerras. A arte regenera o espírito humano, assim como a água regenera o deserto seco e árido.
Cuidar e preservar o patrimônio inestimável que nos foi confiado
Antes de concluir sua breve saudação, o Papa quis ressaltar que a história de 40 anos da fundação foi inspirada não apenas pelo amor às artes, mas também pela convicção de que cada geração tem a responsabilidade coletiva de cuidar e preservar o patrimônio inestimável que nos foi confiado. Essa consciência deu frutos no importante trabalho de restauração realizado nas últimas quatro décadas e, em particular, durante os anos de lockdown devido à pandemia.
Queridos amigos – disse por fim o Santo Padre -, com esses sentimentos, queridos amigos, renovo meu apreço por seu apoio à missão dos Museus Vaticanos e os encorajo a perseverar nesse louvável esforço.
Os Benfeitores das Artes dos Museus Vaticanos (Patrons of the Art in the Vatican Museums) nasceram em 1983 entre a Califórnia e Nova York. Um ano antes, a Santa Sé havia promovido nos Estados Unidos a exposição itinerante “The Vatican Collections. O papado e a arte”. Uma série de atividades nos Museus Vaticanos celebram estes dias os 40 anos desta benemérita fundação.
Fonte: Vatican News