Nesta segunda-feira, 30, Francisco recebeu no Vaticano um grupo de 50 mulheres que deixaram a máfia; segundo o Pontífice, a liberdade não é conquistada com mágica, mas caminhando com o Senhor.
“Vós, queridas Senhoras, nascerdes e crescerdes em contextos poluídos pela criminalidade mafiosa, e decidiram sair deles. Abençoo essa vossa escolha e vos encorajo a seguir em frente. Imagino que haja momentos de medo, de atordoamento… Nesses momentos, pensai no Senhor Jesus que caminha ao vosso lado. Vós não estais sozinhas”. Com essas palavras, o Papa dirigiu-se na manhã desta segunda-feira, 30, na Sala do Consistório, no Vaticano, a um grupo de 50 mulheres que deixaram a máfia.
O grupo se apresentou ao Pontífice na presença do padre Luigi Ciotti, fundador do Grupo Abel. O sacerdote italiano sempre trabalhou pelo resgate de pessoas que vivem em contextos de degrado social.
Mulheres que Jesus acolheu com compaixão e ternura
Em sua breve saudação, Francisco lembrou-lhes que entre os discípulos de Jesus havia também algumas mulheres. Essas mulheres – como os homens – não eram pessoas perfeitas e “angelicais”: eram mulheres provadas pela vida, às vezes “infectadas” pelo mal. “Eram mulheres que Jesus acolheu com compaixão e ternura e as curou. Com Ele, elas fizeram o caminho da libertação. E fizeram isso exatamente caminhando com Ele e com os outros discípulos”.
É assim que acontece, disse o Santo Padre, a pessoa se torna livre não por mágica, mas caminhando com o Senhor, compartilhando seus passos, seu caminho, que necessariamente passa pela cruz e leva à ressurreição.
Jesus caminha conosco todos os dias na estrada da vida
O Santo Padre recomendou que tenham sempre consigo um pequeno Evangelho, convidando-as a todos os dias ler uma passagem, com calma, e imaginando estar com o Senhor, em meio aos discípulos.
“E, na realidade, é exatamente assim: Ele caminha conosco todos os dias na estrada da vida. Sua cruz dá sentido às nossas cruzes e sua ressurreição é uma fonte de esperança”, acrescentou o Pontífice, agradecendo mais uma vez pela visita e assegurando acompanhá-las com a oração.
Fonte: Canção Nova