Além de camiseta e flâmula do Fluminense, atual campeão da Libertadores, Francisco também recebeu dos brasileiros uma carta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes.
Durante audiência nesta quinta-feira, 9, com os “Amigos dos Museus do Vaticano”, o Papa Francisco encontrou com dois brasileiros: o reitor do Santuário do Cristo Redentor e pároco da Paróquia São José da Lagoa, padre Omar Raposo, e o assessor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Pedro Trengrouse. Ambos fazem parte da Benfeitoria de Arte dos Museus do Vaticano, os chamados Patrons of the Art in the Vatican Museums, uma iniciativa de doação e patrocínio que nasceu há 40 anos nos Estados Unidos, num esforço conjunto da Califórnia e Nova York na década de 80 para restaurar a Capela Sistina.
Padre Omar e Trengrouse, representando a torcida do Fluminense, entregaram uma flâmula e uma camiseta da equipe tricolor ao Santo Padre. O time brasileiro de futebol, que tem como padroeiro João Paulo II, é o mais novo campeão da Copa Libertadores da América, ao conquistar o seu primeiro título na competição diante do Boca Juniors, da Argentina.
Em entrevista a mídia vaticana, Trengrouse comentou sobre a presença da CBF no movimento de apoio aos Museus do Papa, uma “união para promover a arte como manifestação divina”. “O Museu do Vaticano reúne obras importantes para humanidade. É um grande exemplo na manutenção, na restauração, no cuidado com a história da humanidade que é contada através da arte. É uma alegria poder ajudar o Museu do Vaticano na condição de um dos patronos”, disse.
Presidente da CBF envia carta a Francisco
O Papa também recebeu uma carta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues Gomes. No texto, ele manifestou entusiasmo “com a possibilidade do esporte ser tema da Campanha da Fraternidade em 2026”, segundo ideia apresentada pelo secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, em evento realizado em setembro pelo Comitê Olímpico do Brasil, em São Paulo.
Ainda na carta, o presidente afirmou que “a Confederação Brasileira de Futebol está à disposição para colaborar no que for preciso” com a campanha. Um apoio que poderá ajudar a “mobilizar toda a sociedade brasileira como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, com objetivos de despertar o espírito comunitário, educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, e renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária”.
Declaração do Esporte para Todos
Gomes encontrou Francisco no Vaticano, no final de setembro de 2022, quando assinou a Declaração do Esporte para Todos ao final de uma cúpula internacional organizada pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e pelo Dicastério para a Cultura e a Educação. O documento foi um convite concreto às 200 pessoas do mundo do esporte presentes no Vaticano a se comprometerem com ações dentro dos três elementos que fazem parte da declaração: a coesão, a acessibilidade e o esporte ser adaptável a todos.
Segundo o assessor jurídico da CBF, Pedro Trengrouse, o documento tem inspirado e repercutido muito no Brasil e servido de base para a atuação nesse campo de diversas organizações esportivas. Como a própria Confederação Brasileira de Futebol que tem apoiado, por exemplo, a Seleção Brasileira de Nanismo, iniciativas de combate ao racismo e acordos de cooperação com o Cristo Redentor. De fato, junto à carta entregue ao Santo Padre nesta quinta-feira, 9, foi entregue um relatório de atividades explicando essas e outras iniciativas de inclusão através do futebol, a partir da Declaração do Esporte para Todos.
Fonte: Canção Nova