O Papa Francisco rezou em 8 de novembro pelas populações da América Central atingidas pelo furacão Eta, que causou vítimas e agravou a difícil situação causada pela COVID-19.
Depois de conduzir a oração mariana neste domingo diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Pontífice indicou uma bandeira (de Honduras) e disse: “Vejo uma bandeira ali, que me faz pensar nas populações da América Central, flageladas nos últimos dias devido a um violento furacão, que causou numerosas vítimas e enormes prejuízos, agravados também pela já difícil situação da pandemia”.
Por isso, o Santo Padre rezou para que “o Senhor acolha os mortos, conforte seus familiares e ampare os mais provados, assim como os que estão trabalhando para ajudá-los”.
Os países centro-americanos mais afetados pelo furacão Eta são Nicarágua e Honduras.
O furacão chegou à América Central na terça-feira, 3 de novembro, e depois se transformou em uma tempestade tropical, no entanto, em seu rastro deixou severas inundações, chuvas e colapsos de residências e infraestrutura.
Até 5 de novembro, depois de entrar em Honduras pela Nicarágua, houve pelo menos 24 mortes. Além disso, há pessoas desaparecidas, milhares de pessoas afetadas, além de casas, estradas e plantações destruídas.
Embora o furacão tenha enfraquecido para a categoria 3 na Nicarágua, “há cerca de 35 mil pessoas em abrigos organizados em templos pelas igrejas”, de acordo com um relatório do Catholic Relief Services (CRS) enviado à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que explica que a medida que o furacão “avança para o centro do país, onde há montanhas, os deslizamentos de terra e as inundações de rios tornam-se mais preocupantes”.
Segundo a CRS, “as maiores necessidades da população afetada serão água e alimentos”. “Com as grandes enchentes que o furacão vai gerar, as fontes de água potável serão contaminadas e os cultivos de subsistência dos quais se alimentam serão destruídos, levando a população à insegurança alimentar”, afirma o relatório.
Em Honduras, a tempestade afetou o norte do país. O transbordamento dos rios causou enchentes, destruição de pontes e bloqueios de estradas. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários estima que mais de 57.920 pessoas estão em abrigos.
Fonte: acidigital