Após novos ataques com mísseis, Papa Francisco reza pela Ucrânia, para que Deus converta o coração de quem ainda aposta na guerra
O Papa Francisco reza uma vez mais pela Ucrânia. Após a catequese desta quarta-feira, 16, o Pontífice lançou um novo apelo pelo país após as notícias de um novo ataque com míssil.
“Soube com dor e preocupação da notícia do novo e ainda mais forte ataque de mísseis sobre a Ucrânia que causou mortes e danos a muitas estruturas civis. Rezemos para que o Senhor converta os corações de quem ainda aposta na guerra e faça prevalecer para a martirizada Ucrânia o desejo de paz, para evitar toda escalada e abrir caminhos para o cessar-fogo e o diálogo.”
Destruição após o ataque
Nesta terça-feira, 15, dia em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discursou na cúpula do G20, de forma remota, a Rússia lançou 110 mísseis e 10 drones de ataque de fabricação iraniana na Ucrânia. A informação é do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia. Os ataques deixaram milhões de ucranianos sem energia em 16 das 24 regiões do país, incluindo Kyiv, disse o escritório humanitário da ONU.
Também ontem a Polônia sofreu com uma explosão, perto da fronteira com a Ucrânia, na qual duas pessoas morreram. Ainda não está claro se foi um míssil ou foguete e a origem do projétil também está sendo investigada. Suscitou, então, uma nova onda de medo pelo risco de uma resposta imediata ao ataque que poderia levar a uma escalada global.
Apelos do Papa a Putin e Zelensky
No mês passado, Papa Francisco implorou pelo fim da guerra, dedicando todo o seu discurso do Angelus, o que não é usual, a esta situação. Em sua fala, dirigiu-se diretamente ao presidente russo, Vladimir Putin. “O meu apelo é dirigido, em primeiro lugar, ao Presidente da Federação Russa, suplicando-lhe parar, também pelo amor do seu povo, esta espiral de violência e morte”. Na mesma ocasião, dirigiu-se também a Zelensky. “Da outra parte, entristecido com o imenso sofrimento do povo ucraniano após a agressão sofrida, dirijo um apelo igualmente confiante ao Presidente da Ucrânia para ser aberto a propostas sérias de paz”.
O Pontífice tem mencionado a guerra na Ucrânia em quase todas as suas aparições públicas. Também disse, em várias ocasiões, que a crise estava arriscando o uso de armas nucleares, com consequências globais incontroláveis.
Fonte: Canção Nova