Francisco recebeu membros de comissão para diálogo teológico em audiência e deu ênfase a aspectos do trabalho ecumênico promovido pelo organismo.
Nesta sexta-feira, 26, uma audiência voltada para o tema da unidade dos cristãos. No Palácio Apostólico do Vaticano, o Papa Francisco recebeu membros da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais e participantes na visita anual de estudo de jovens sacerdotes e monges das Igrejas Ortodoxas Orientais.
Iniciando seu discurso, o Pontífice citou que os caminhos da unidade também são caminhos de paz. Ele também expressou sua alegria pela presença dos jovens religiosos, sublinhando que estas visitas permitem que o “diálogo da caridade” caminhe de mãos dadas com o “diálogo da verdade” que a comissão promove.
O Santo Padre afirmou que este “diálogo da caridade” não deve ser entendido, contudo, apenas como uma preparação para o “diálogo da verdade”. Está relacionado a ele também uma “teologia em ação”, capaz de abrir novas perspectivas no caminho das Igrejas. “Num momento em que, graças a Deus, as relações entre nós se intensificam, parece-me bonito reler o nosso tecido de relações desenvolvendo uma ‘teologia do diálogo na caridade’”, expressou.
Na sequência, Francisco recordou o primeiro encontro da comissão, em 2004. Desde então, prosseguiu, foram adotados três importantes documentos de caráter eclesiológico, que refletem a riqueza das tradições cristãs representadas – copta, siríaca, armênia, malankara, etíope, eritreia e latina.
Diálogo
O diálogo promovido pela comissão, sublinhou o Papa, é enriquecido pela reflexão sobre a unidade na diversidade. Neste contexto, ele citou um dos documentos aos quais havia se referido, reforçando que “a Igreja assume diferentes expressões teológicas da mesma fé e diferentes formas de disciplinas eclesiásticas, ritos litúrgicos e heranças espirituais em todas as partes do mundo” (Natureza, constituição e missão da Igreja, 2009, n. 20).
Além disso, o Pontífice abordou o aspecto da constante preocupação pastoral verificada nos trabalhos, especialmente nas visitas de estudos realizadas por aqueles que são mais novos.
“Envolver os jovens na aproximação das nossas Igrejas é um sinal do Espírito, que rejuvenesce a Igreja em harmonia, inspirando caminhos de comunhão, dando sabedoria às novas gerações e profecia aos idosos”, declarou o Santo Padre. Ele afirmou ser este o “diálogo da vida”, reiterando que este, junto aos diálogos “da caridade” e “da verdade” são as três formas inseparáveis de prosseguir no caminho ecumênico proposto pela comissão,
Por fim, uma vez que a atual fase do diálogo proposto pela comissão diz respeito à Virgem Maria no ensino e na vida da Igreja, pontuou Francisco, ele convidou os presentes a confiar seus trabalhos à proteção de Nossa Senhora, concluindo a audiência com uma oração.
Fonte: Canção Nova