No Angelus desta quarta-feira, 6, Francisco afirmou que o nascimento de Jesus é luz para todos e salvação para os povos
Nesta quarta-feira, 6, Solenidade da Epifania – celebração da manifestação de Deus aos povos, o Papa Francisco fez sua reflexão seguida da tradicional oração mariana do Angelus. A oração do Pontífice aconteceu na Biblioteca do Palácio Apostólico, devido a crise sanitária da covid-19 intensificada na Itália pela segunda onda da doença.
“A salvação operada por Cristo não conhece fronteiras, a epifania não é outro mistério, mas o mesmo acontecimento da natividade”, foi o que afirmou o Santo Padre. Segundo o Papa, a luz de Jesus ilumina cada pessoa e deve ser acolhida com fé e levada aos outros com caridade, com o testemunho do evangelho.
A missão do profeta Isaías, narrada no evangelho de hoje, ressoa no tempo atual, pontuou Francisco. No texto, o profeta afirmou que sobre a terra há trevas e, neste horizonte, anunciou a luz dada por Deus em Jerusalém, luz que ilumina todos os povos. Essa luz tem o poder de atrair todos, ressaltou Isaías, sejam eles próximos ou distantes, e todos se colocam a caminho para a alcançar.
De acordo com o Santo Padre, o profeta traz uma visão que abre e alarga o coração e convida à esperança. “Certamente as trevas estão presentes e são ameaçadoras na vida das pessoas e na humanidade, mas a luz de Deus é mais poderosa”, ressaltou. Deste modo, Francisco afirmou que a humanidade precisa acolher para resplandecer essa luz.
“Essa luz é suficiente para encher o coração de Jerusalém de uma alegria incontrolável”, frisou o Papa. O evangelista Mateus, citou o Santo Padre, ao recontar o episódio dos magos, mostrou que essa luz é o menino de Belém, é Jesus, mesmo que sua realeza não seja aceita por todos. “Muitos o rejeitam, como fez Herodes”.
Jesus, reforçou o Papa, é a estrela que nasceu no horizonte, o Messias esperado, Aquele através do qual Deus realizou o seu reino de amor, justiça e paz. Ele nasceu não só para alguns, mas para todos os povos, destacou o Pontífice. “A luz é para todos, a salvação é para todos”.
A luz de Cristo se difunde, explicou o Santo Padre, através da proclamação do evangelho e do testemunho. “O método escolhido por Deus foi vir no meio de nós, foi a encarnação, o aproximar-se do outro, fazendo próximo dos outros, assumindo a nossa realidade”. Desta forma, Francisco sublinhou que a luz de Cristo, que é amor, pode brilhar naqueles que a acolherem.
O Pontífice pediu que esta luz não seja difundida apenas com palavras. “É preciso a fé, a palavra e o testemunho. Assim se dilata a luz, a estrela de Cristo. Também nós podemos e devemos ser a estrela como testemunhas dos tesouros de bondade e misericórdia de Deus”.
“A luz de Cristo não se propaga por proselitismo, mas por testemunho, pela confissão da fé, pelo martírio. A condição é acolher essa luz. Ai de nós pensarmos que a possuímos. Como magos, somos convidados a nos deixarmos sempre atrair, iluminar e converter”, revelou o Santo Padre. Segundo o Papa, o estupor é o primeiro passo para ir avante com essa luz.
Por fim, Francisco convidou os católicos a invocarem Nossa Senhora para que dê sustento e força para a Igreja difundir essa luz de Cristo.
Após o Ângelus
Após a oração mariana, o Pontífice enviou sua felicitação às Igrejas orientais que celebrarão nesta quinta-feira, 7, o Natal, além de recordar o Dia da infância missionária. “Agradeço aos jovens pela coragem de serem testemunhas de Jesus, levando a fraternidade”.
Fonte: Canção Nova