Francisco lança tuíte nesta sexta-feira (24) para recordar os mártires que “são o dom mais precioso que Deus deu à sua Igreja, porque neles se atualiza aquele ‘amor maior’ que Jesus nos mostrou sobre a cruz”.
Neste 24 de março, Dia de Oração e Jejum em memória dos misisonários mártires, o Papa Francisco lançou um tuíte com a seguinte mensagem:
“Os mártires são o dom mais precioso que Deus deu à sua Igreja, porque neles se atualiza aquele ‘amor maior’ que Jesus nos mostrou sobre a cruz.”
A data de 24 de março faz referência ao dia em que Oscar Romero, o santo da voz dos últimos e dos oprimidos, foi assassinado em El Salvador em 1980. O “Santo da América” foi canonizado em 14 de outubro de 2018 pelo Papa Francisco. O Dia de Oração e Jejum em memória dos misisonários mártires, assim, procura honrar quem morreu por ter sido fiel ao Evangelho até o último instante.
A história deste 24 de março
Em 1992, o então Movimento Juvenil das Pontifícias Obras Missionárias, hoje Missio Jovens, propôs à Igreja italiana a celebração de um dia que fizesse memória àqueles que todo ano perdem a vida durante o próprio serviço pastoral. Os jovens escolheram como data o 24 de março, para que ficasse claro que esses irmãos assassinados são brotos de uma fé nova, fortalecida pelo compromisso de cuidar de quem sofre ou é esmagado por sistemas injustos e pouco inclusivos.
Em 2022, segundo dados da Agência Fides, foram assassinados 18 missionários no mundo: 12 sacerdotes, 1 religioso, 3 religiosas, 1 seminarista, 1 leigo. Em nível continental, o número mais elevado é registrado na África, onde foram mortos 9 missionários (7 sacerdotes, 2 religiosas), seguida da América Latina com 8 missionários mortos – 4 sacerdotes, 1 religioso, 1 religiosa, 1 seminarista, 1 leigo – e depois da Ásia, onde foi morto um sacerdote. Nos últimos anos, África e América se alternam no primeiro lugar dessa trágica classificação. De 2001 a 2021, o total dos missionários mortos é de 526.
“As poucas notícias sobre a vida e as circunstâncias que causaram a morte violenta desses 18 missionários e missionárias”, segundo material da Fides, “oferecem-nos imagens da vida cotidiana, em contextos particularmente difíceis, marcados pela violência, miséria, falta de justiça e de respeito pela vida humana”.
Fonte: Vatican News