Faltam menos de cinco meses para a Jornada Mundial da Juventude que será realizada em Lisboa, Portugal, de 1º a 6 de agosto. Nesse caminho de preparação, o noticias.cancaonova.com segue com a série sobre os Patronos da JMJ. Nesta sexta-feira, 24, o santo em destaque é Dom Bosco, santo da juventude.
O pároco de Óbidos, A-dos-Negros e Gaeiras, Portugal, padre Ricardo Figueiredo, lembra que São João Bosco foi declarado pelo Papa João Paulo II como “Pai e Mestre da Juventude”. Deste modo, numa JMJ, pelo exemplo de vida e santidade de Dom Bosco, os jovens são convidados a aproximar-se do amor de Deus e a abraçar o plano Dele para as suas vidas.
O padre ressalta que, diante da situação social de Itália, particularmente de Turim, no tempo em que viveu Dom Bosco, vê-se como ele foi particularmente sensível a escutar as dores e angústias das pessoas, especialmente dos jovens. Muitos deles acabavam por entrar no crime e iam para a prisão. São João Bosco aproximava-se destes porque reconhecia que tinham uma dignidade maior que os crimes que fizeram e que eram chamados a uma vida com um horizonte mais alto, o horizonte da santidade.
“Deste modo, este santo pode ajudar os jovens de hoje a reconhecer que todos temos sempre uma nova oportunidade para seguirmos com seriedade o caminho para Deus”.
Patrono da Jornada Mundial da Juventude
“Dom Bosco foi escolhido para patrono da JMJ Lisboa 2023, nessa medida contamos com o seu exemplo e a sua intercessão para que a JMJ seja um momento para crescer na santidade e na amizade com Deus”.
Padre Ricardo ressalta que em Lisboa existem várias escolas dirigidas pelos salesianos e a sua presença é muito importante para a Igreja local. Aliás, até um dos bispos auxiliares de Lisboa é salesiano. Assim, Dom Bosco não podia faltar a esta grande festa da juventude.
O pároco afirma também que, como patrono da Jornada Mundial da Juventude, tem sido referido em diversas iniciativas, particularmente como convite a reconhecer a forma próxima como ele percebeu que tinha que trabalhar com os jovens.
“Ver o nosso Pai e Fundador como Patrono da JMJ confirma em nossos corações toda a sua importância como sacerdote, educador e santo para a história da juventude e uma referência segura de alguém que nos aponta o céu como nossa meta”, ressalta o salesiano, padre Silvio César.
Pai e mestre da juventude
São João Paulo II definiu Dom Bosco como “Pai e Mestre da juventude”. O santo perdeu seu pai quando tinha dois anos de idade e passou muitas dificuldades na infância e juventude. Uma situação que o podia ter levado à revolta acabou sendo providencial, abrindo seu coração a Deus e à sua vontade.
João Bosco abraçou a vida sacerdotal e, de forma particular, percebeu o apelo de Deus diante da situação concreta da sociedade. Era necessário formar para valores mais altos, sob a intenção de fazer dos jovens “bons cristãos e honestos cidadãos”. Deste modo, o que Dom Bosco foi para a juventude, continua a sê-lo: alguém próximo, que se faz próximo e procura orientar os jovens a reconhecerem sua grande dignidade de filhos de Deus.
Salesiano de Dom Bosco, padre Silvio César destaca que o santo foi um grande amigo dos jovens, oferecendo um espaço que os acolhia, uma possibilidade de se profissionalizarem. Lembra ainda que Dom Bosco segue sendo a referência de um Santo da Igreja que se preocupou com a educação elementar das crianças, dos adolescentes e dos jovens.
Legado de Dom Bosco aos Salesianos
Segundo padre Silvio, Dom Bosco ofereceu aos jovens, no Oratório, uma casa que os acolhia, uma escola que os educava, uma paróquia que os instruía na fé e um pátio onde se encontravam com amigos, para correr, brincar e viver a feliz convivência.
“Hoje, em nossas obras, procuramos oferecer esse legado deixado por Dom Bosco, preocupados com os desafios dos tempos e sendo para os jovens sinais e portadores do amor de Deus”. O sacerdote acrescenta que o compromisso dos salesianos com a educação das novas gerações é o maior legado deixado por São João Bosco.
Por fim o Salesiano fala que humildemente se identifica com a alegria em estar com os jovens e fazê-los sentirem-se amados. “Em cada oportunidade que tenho, procuro aproximar-me de cada um e ser um sinal do amor de Deus na vida e no coração de todos”.
Patronos
“A escolha dos patronos da JMJ seguiu três critérios: em primeiro lugar a escolha dos padroeiros da JMJ e da juventude (portanto, João Paulo II e Dom Bosco, sobre quem aqui falamos); depois, santos nascidos em Lisboa; finalmente, exemplos de jovens santos. Com estes critérios chegamos à lista final dos patronos da JMJ”.
Para o Padre Ricardo, a escolha dos santos patronos não se trata apenas de “pedir ajuda do Céu” – o que é fundamental dada a envergadura do evento. Mas a escolha de patronos pretende mostrar que o grande objetivo da JMJ é formar santos: uma JMJ corre bem se de lá saírem jovens que cresceram na amizade com Deus e com vontade de viver a vida de santidade, de serem santos. Vão surgindo figuras que participaram em Jornadas Mundiais da Juventude e isso mostra que além de um evento bom é um evento em que se cumpre a vontade de Deus: todos somos chamados a ser santos.
Fonte: Canção Nova