Philip Kosloski
Se você deseja morrer em paz, comece agora a se preparar para isso
Para muita gente, a morte pode ser uma perspectiva assustadora. Por isso, gostamos de adiar a preparação para ela. Preferimos viver esta vida da maneira como bem entendemos, em vez de aceitar o fato de que ela vai acabar.
Este estilo de vida pode nos causar grande ansiedade, especialmente se ficarmos doentes e nos aproximarmos da morte. Em vez de passar em paz os nossos últimos dias na terra, teremos muito medo e ansiedade sobre o que acontecerá a seguir.
A chave para morrer bem, de acordo com São Roberto Belarmino, é viver bem. Ele explica esse conceito em seu livro The Art of Dying Well (“A Arte de Bem Morrer”):
“A regra geral ‘aquele que vive bem, morrerá bem’ deve ser mencionada antes de todos as outras, pois uma vez que a morte nada mais é do que o fim da vida, é certo que todos os que vivem bem até o fim, morrerão bem; não pode morrer doente quem nunca viveu doente. Por outro lado, quem nunca teve uma vida boa, não pode morrer uma boa morte. A mesma coisa pode ser observada em muitos casos semelhantes, pois todos os que vão pelo caminho certo têm a certeza de chegar ao local de destino, enquanto, pelo contrário, aqueles que se afastam dele nunca chegarão ao fim de sua jornada.”
O que São Belarmino quer dizer é que, se não nos prepararmos agora para a partida final deste mundo, seremos apanhados de surpresa e, então, quem sabe onde iremos parar? Ao mesmo tempo, essa dura realidade pode nos tentar a desistir e dizer a nós mesmos: “Bem, eu não tive uma vida boa, não adianta tentar agora!”
A boa notícia é que nunca é tarde para viver bem. O “bom ladrão” é o melhor exemplo de como a conversão ainda pode acontecer, mesmo quando estamos às portas da morte. Como observa Belarmino,
“O bom ladrão então parecia ter sido um dos que chegaram por último à vinha, e ainda assim recebeu uma recompensa maior do que o primeiro.”
Seja qual for a nossa situação, o segredo é começar hoje a viver bem, para colher a recompensa mais tarde. Não devemos adiar nossa conversão, pois não sabemos o que pode acontecer amanhã.
Fonte: Aleteia