Em audiência privada com Francisco, Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), pauta sobre as necessidades humanitárias dos refugiados palestinos, incluindo “meninas e meninos que sonham com um futuro melhor”. A Agência fornece serviços essenciais a quase 6 milhões de pessoas na Faixa de Gaza e países vizinhos.
Uma agenda cheia para o Papa Francisco nesta quinta-feira (11) que, entre uma série de audiências no Vaticano, recebeu Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, também conhecida pela sigla UNRWA.
O comissário, segundo tuíte divulgado pela seção europeia da UNRWA, “teve uma excelente reunião no Vaticano. Em uma audiência privada com o Papa Francisco, ele destacou as necessidades urgentes dos refugiados da Palestina, incluindo meninas e meninos que sonham com um futuro melhor”. E o próprio Lazzarini acrescentou:
“Estou incrivelmente honrado em levar ao Papa Francisco a história dos refugiados da Palestina, o trabalho crítico e o impacto dos serviços da UNRWA em suas vidas no dia a dia.”
A atuação da UNRWA
A agência de desenvolvimento e de assistência humanitária proporciona cuidados de saúde, serviços sociais, de educação e ajuda de emergência aos quase 6 milhões de refugiados palestinos inscritos na UNRWA que vivem na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria. No início de 2023, Lazzarini chegou a lançar um apelo financeiro de US$ 1,6 bilhão para este ano – valor semelhante ao solicitado em 2022, além de pedir mais solidariedade política aos países árabes frente à situação dos refugiados palestinos. No ano passado, a UNRWA arrecadou quase US$ 1,2 bilhão e, pelo quarto ano consecutivo, informou naquela oportunidade o comissário-geral, “estamos terminando com um déficit significativo de mais de US$70 milhões”.
De acordo com a UNRWA, criada em 1949, um ano após a criação de Israel, a maioria dos refugiados palestinos vive agora abaixo da linha da pobreza e muitos dependem da ajuda humanitária da agência da ONU. O terremoto devastador que atingiu a Turquia e o norte da Síria no início de fevereiro deste ano só agravou a situação de miséria dos refugiados palestinos na Síria, que estão entre as comunidades mais vulneráveis prejudicadas por uma guerra implacável de décadas e também por crises econômicas, humanitárias e de saúde pública cada vez mais profundas.
Fonte: Vatican News