Sim, a Igreja costumava proibir qualquer tipo de trabalho na semana seguinte à Páscoa
Para muitos cristãos, a celebração da Páscoa termina no domingo à noite. Eles guardavam as decorações especiais e seguiam a vida normal.
No entanto, historicamente falando, a Igreja costumava proibir qualquer tipo de trabalho servil durante a semana seguinte à Páscoa.
Dom Prosper Gueranger explica esta tradição em seu livro Liturgical Year (“Ano Litúrgico”):
“Antigamente, toda esta semana era mantida como uma festa, com a obrigação de se descansar do trabalho servil. O edital publicado por Teodósio em 389 proibindo todos os procedimentos legais durante o mesmo período foi complementar a esta lei litúrgica.
O Concílio de Macon assim decreta: ‘Concede-nos a todos celebrar fervorosamente a festa da Páscoa, na qual nosso grande Sumo Sacerdote foi morto por nossos pecados e honrá-la, observando cuidadosamente tudo o que se prescreve’. Que ninguém faça nenhum trabalho servil durante estes seis dias que se seguem ao domingo, mas que todos se reúnam para cantar os Hinos da Páscoa e assistir ao Sacrifício diário e louvar nosso Criador e Redentor à noite, de manhã e ao meio-dia.”
Oitava de Páscoa
A Igreja ainda celebra esta semana como uma oitava, o que significa que cada dia é uma continuação litúrgica do Domingo de Páscoa.
Entretanto, a sociedade moderna não reconhece mais esta semana como uma semana especial, de descanso e oração.
Por outro lado, algumas escolas católicas de certos países programam suas férias para a semana seguinte à Páscoa.
Mesmo que não se possa deixar o trabalho nesta semana, ainda assim é para ser uma semana de celebração e regozijo, pois a Páscoa está apenas começando!
Fonte: Aleteia