Na última terça-feira, dia 21, o pároco do Santuário Nossa Senhora dos Prazeres e Divina Misericórdia, padre Alberto Gambarini, convidou Euclides Tavares, do movimento Discipulus da Cruz, também do Santuário, para uma live em seu perfil no Instagram (@padrealbertogambarini), com o tema “tive fome e me destes de comer”, para uma conversa sobre ações sociais neste período de pandemia.
Mais de 1000 pessoas assistiram à transmissão, que começou com o padre mencionando o evangelho de São Mateus (25;35) “porque tive fome e me destes de comer”. “Quando é que a gente vê, realmente, o Senhor com fome? Quando é que a gente vê o Senhor, ali, pedindo alimento para nós? Quando uma só pessoa está necessitada, quando uma só pessoa está precisando da nossa ajuda, não vamos estar fazendo simplesmente para aquela pessoa, vamos estar fazendo para o próprio Jesus Cristo”, afirmou.
O movimento Discipulus da Cruz tem ajudado principalmente pessoas em situação de rua e em clínicas de reabilitação. Euclides contou que o projeto começou com apenas 15 marmitas, com muito medo e receio, mas que no fim, Deus o capacitou. “Ao iniciar esse trabalho eu ainda estava desempregado, com o pouco dinheiro que tínhamos, juntamos com alguns amigos, compramos [as marmitas] e fizemos o primeiro dia”, disse.
O projeto é aliado com a Associação Promocional Nossa Senhora dos Prazeres, principal braço social do Santuário, que mantém a creche Menino Jesus. A creche está fechada neste tempo de pandemia, mas continua trabalhando para atender às famílias, com a entrega de cestas básicas e outros itens. As comunidades do Santuário também estão atuando efetivamente no atendimento aos mais necessitados.
O Discipulus da Cruz trabalha, principalmente, com pessoas em situação de rua, atuando na entrega de marmitas e encaminhamentos para clínicas de recuperação. O movimento tem, como um de seus objetivos, alcançar os excluídos pelo mundo e ressuscitá-los com Cristo, através da vida de oração. Para isso, existe a colaboração não apenas dos católicos, mas de todos aqueles que sabem da importância de estender a mão ao próximo. “Em nosso grupo do whatsapp, tem todas as religiões que o senhor [padre] imaginar, as mais diversas possíveis. Ninguém está ali pensando em defender seu grupo. A fome, a necessidade, não vê placa de igreja. A necessidade é como o Covid-19, não vê classe social, situação de droga, alcoolismo ou depressão. Ela atinge a todos”, mencionou Euclides.
A pandemia que paralisou não só o Brasil, mas também o mundo, fez com que as pessoas em situação de rua passassem ainda mais necessidades. Sem o movimento nas ruas, Euclides conta que essas pessoas relataram ter ficado até dois dias sem comer. “Às vezes pensamos que precisamos fazer uma grande doação (…) ‘o pouco, com Deus, é muito. O muito, sem Deus, é nada.’ As pessoas estão se colocando a servir, e isso é maravilhoso.”
Na live, o padre Alberto mencionou que, em situações como essa na qual vive o mundo atual, as pessoas podem se perguntar “o que Jesus faria?” e, segundo ele, “Jesus arregaçaria as mangas, sujaria as mãos e iria ao encontro das pessoas necessitadas. Isso é o cristianismo completo. Isso é o cristianismo que tem Jesus.”
Mais de 1600 marmitas já foram entregues para aqueles que se encontram em situação de rua e em clínicas de reabilitação, cerca de uma tonelada de comida. Todos os cuidados estão sendo tomados para que a confecção e entrega das marmitas não pare durante a quarentena.
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