A fé católica não pode prosperar sem uma cultura católica, mas uma cultura católica não pode existir sem uma forte fé católica. Então, o que vem primeiro?
Seguir os preceitos da Igreja é a resposta à crise de fé na Igreja hoje. De certa forma, isso é óbvio. A crise de fé no mundo – queda na frequência à missa, falta de crença na Presença Real, crise vocacional e queda nas taxas de casamento – por definição, não seria mais um problema se as pessoas estivessem seguindo os preceitos que a Igreja recomenda como sendo “o mínimo indispensável” para os católicos.
Entretanto, penso que os preceitos da Igreja significam mais do que isso. Jesus Cristo, o próprio Deus, entrou em nosso mundo com um novo modo de vida, que mudou a história e pode mudar nossas vidas e as vidas de nossas famílias. Não temos que encarar o objetivo de viver como Cristo viveu como uma montanha assustadora, que nunca podemos atingir. Só precisamos seguir os preceitos da Igreja.
Seguir os preceitos da Igreja significará dar um passo de gigante para transformar o mundo em Cristo.
Confira abaixo por que vivermos os preceitos da Igreja.
1. OUVIR MISSA INTEIRA E ABSTER-SE DE TRABALHOS SERVIS NOS DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
Você tem que ir à missa todos os domingos. Por quê? Pela mesma razão que você deve passar um tempo com seu cônjuge. Em qualquer relacionamento humano, a presença e a comunicação são importantes. Quanto mais tempo você puder passar pessoalmente com seu cônjuge e quanto melhor for sua comunicação, mais forte será seu relacionamento.
Jesus entendeu isso bem, então ele está realmente presente na missa e se comunica conosco por meio da Escritura, da liturgia e da oração. E funciona! Manter o compromisso com a missa dominical transforma sua identidade, já que você começa cada semana na presença dele e incorpora sua vida em uma comunidade cristã ao longo do ano.
2. CONFESSAR-SE AO MENOS UMA VEZ EM CADA ANO
Confessar-se com frequência é bom, mas confessar-se uma vez por ano é suficiente, porque a Confissão deve ser um encontro profundo onde você busca na sua vida os lugares em que você se afastou dele, e deixa Jesus te trazer de volta.
Fazemos isso em um confessionário porque estamos encarnados, então precisamos estar em contato com outro ser humano. Além disso, estamos inseridos em nossa comunidade, então precisamos de um representante da Igreja para nos receber de volta ao rebanho.
3. COMUNGAR AO MENOS PELA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
Este preceito pode parecer um pouco arcaico, já que hoje existe a expectativa de que quase todos recebam a Comunhão em todas as missas. Mas é um alerta que receber a Comunhão é um ato profundo e que não deve ser encarado levianamente.
A Comunhão une o corpo de Cristo com o nosso corpo e nos insere no Corpo de Cristo, a Igreja aqui na terra.
4. GUARDAR ABSTINÊNCIA E JEJUAR NOS DIAS DETERMINADOS PELA IGREJA
Tendemos a pensar nesses dias como “temos que ir à missa”. No entanto, a Igreja diz que esses são dias em que “honramos os mistérios do Senhor, da Virgem Maria e dos santos”. Eles nos inserem na Igreja como ela existe no céu, para que possamos encarnar essa vida em nosso próprio tempo.
5. PROVER AS NECESSIDADES DA IGREJA, SEGUNDO OS LEGÍTIMOS USOS E COSTUMES E AS DETERMINAÇÕES
O quinto preceito aponta aos fiéis a obrigação de prover às necessidades materiais da Igreja consoante as possibilidades de cada um.
Enfim, a promoção dos preceitos da Igreja resolve o problema fundamental do ovo e da galinha que a Igreja enfrenta em todo o mundo.
O problema é que a fé católica não pode prosperar sem uma cultura católica, mas uma cultura católica não pode existir sem uma forte fé católica. Então, o que vem primeiro?
Ao incorporar a Igreja em nossas vidas e incorporar nossa vida na Igreja, os preceitos da Igreja entregam os fundamentos da fé e uma cultura católica.
Eles se renovam todas as semanas, da missa de domingo à abstinência de sexta-feira e todos os anos, da celebração da Mãe de Deus ao Natal. Eles garantem que vivamos a mensagem mais fundamental de Cristo para nos arrependermos (Confissão), pois o Reino dos céus está próximo (Comunhão).
É um padrão mínimo com efeito máximo.
Fonte: Aleteia