Cerca de 500 voluntários trabalharam incansavelmente mais uma vez no Louvor. São pessoas que independente da equipe de que façam parte, se dedicam porque sabem que estão à serviço do próprio Senhor. No sábado, que antecede o Louvor, eles se reúnem com o padre Alberto no ginásio para um momento de intercessão pelo evento e neste dia também recebem as últimas orientações.
São diversas equipes e todas são importantes para o êxito do evento. O casal Vanessa Kelly dos Santos, 34 anos, e Fernando Lemos Adão, 40 anos, trabalha na equipe do camarim. A filha, Karoline Rosa Lemos Adão, 17 anos, também já está trabalhando no Louvor na mesma equipe dos pais, pelo segundo ano consecutivo.
“A importância de trabalhar no Louvor é que você mais recebe do que dá. Nós saímos daqui fortalecidos, com o pensamento diferente. Deus pede para nós pregarmos a bondade, o companheirismo, a doação. Então, é muito enaltecedor trabalhar aqui”, explica Vanessa.
Cristiane Rodrigues de Moraes Maia, 42 anos, da equipe do camarim, explica como é o trabalho desta equipe. “Aqui nós acolhemos as pessoas que vem cantar ou pregar. Arrumamos o café da manhã e o almoço. Nós fazemos todo o acolhimento do padre, e de todas as pessoas que vem de fora. O nosso trabalho aqui é mais para nós do que para as pessoas, porque por aqui Deus vai curando. A gente vê de perto o que Deus faz no coração e na vida das pessoas. É muito gratificante, pois sentimos o amor de Deus através das pessoas, em tudo o que fazemos”, revela.
A equipe de Liturgia é formada por cinco mulheres: Caetana, Eugeni, Sonia, Luzia e Ana Mara (coordenadora). “O trabalho da liturgia é preparar toda a missa e tudo aquilo que o padre precisa para o evento. Então, por exemplo, um dia antes nós começamos a trazer os objetos que ficam na Igreja, para cá. Cada uma é responsável por arrumar cada objeto, como os vasos sagrados, os paramentos litúrgicos, a parte da comunhão e a Palavra de Deus”, explica Ana Mara.
“É um carinho, um amor muito grande, trabalhar com a liturgia, porque nós deixamos tudo arrumado para o padre Alberto. Afinal, ele também está se doando e precisa de um espaço tranquilo para ter um momento a sós, antes de realizar a missa. É muito boa essa dedicação, essa entrega que a gente faz para Deus. Porque nós estamos fazendo tudo por Ele”, completa Ana Mara.
Os jovens também trabalharam no evento. A estudante Miriel Abdias Freitas, 16 anos, começou a ajudar este ano. “Eu comecei a trabalhar como voluntária este ano no Louvor de Carnaval. Hoje, além de acolhermos as pessoas na equipe de recepção, agora nós também ficamos com a tarefa de ajudar as pessoas que estão na fila para comprar comida. É incrível estar participando porque a gente vê a quantidade de pessoas que estão buscando Deus e isso é importante para nós”, conclui.
Feira de artesanato
Artesanatos, lã, crochês, tricôs, bordados e bijuterias são expostos em barracas na parte externa do Ginásio. A ação é uma forma de incentivar a produção da arte popular de Itapecerica. A renda da venda destas peças é 100% dos artesãos.
Os trabalhos feitos à mão são cheios de identidade e afeto. Como as peças de bordado da Firma Maria de Lima, 74 anos, aposentada. Ela explica que a fé é fundamental em sua vida, porque cria forças para continuar seu trabalho. “Faz 7 anos que trabalhamos neste evento. Aqui na barraca eu faço todos os bordados, tocas de lã. Toda vez que participo do Louvor, saio muito maravilhada. Mesmo que eu não esteja lá dentro do ginásio, eu estou escutando tudo daqui, tem hora que choro sozinha, por causa do poder de Deus. Eu passei por uma aprovação muito grande quando fiz uma cirurgia do coração. Eu pedi a Deus para que tudo ocorresse bem. A fé ajudou muito na minha recuperação, e estar aqui hoje é muito gratificante”, revela.