O ano de 2023 está prestes a terminar e por isso a ACI Digital apresenta uma retrospectiva dos sete acontecimentos mais importantes que marcaram a vida da Igreja Católica neste ano.
1. O enterro de Bento XVI
No último dia de 2022, quando todos se preparavam para receber 2023, a Igreja teve a notícia da morte do Papa Bento XVI. Seu corpo foi exposto ao público na Basílica de São Pedro no dia 2 de janeiro e milhares de pessoas foram para se despedir.
O Papa alemão, que foi prefeito da então Congregação (hoje Dicastério) para a Doutrina da Fé durante o pontificado de são João Paulo II, teve um funeral especial no dia 5 de janeiro com uma missa massiva rezada pelo Papa Francisco. Os restos mortais do Papa que surpreendeu com a sua renúncia ao pontificado em 2013 foram sepultados nas grutas vaticanas.
2. JMJ Lisboa 2023, com mais de 1 milhão e meio de peregrinos
Depois de quatro anos de espera por causa da pandemia do coronavírus, a grande Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 aconteceu em Portugal de 1 a 6 de agosto. Neste grande evento, o Papa Francisco encontrou-se com milhares de jovens de todo o mundo.
Francisco aproveitou a ocasião para visitar o local das aparições de Nossa Senhora de Fátima. Ele também celebrou uma missa solene de encerramento da qual participaram um milhão e meio de peregrinos. Lá também foi anunciado que a sede da próxima JMJ será Seul, em 2027.
3. A beatificação de uma família completa
Num acontecimento sem precedentes, em setembro deste ano a Santa Sé anunciou a beatificação de uma família inteira. Trata-se dos beatos da família Ulma, composta por Józef, Wittoria e seus sete filhos. Eles foram brutalmente exterminados pelos nazistas, incluindo um bebê que nasceu em meio ao martírio.
A beatificação ocorreu no dia 10 de setembro em Markowa, Polônia, numa missa celebrada pelo prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, com a participação de cerca de 30 mil pessoas vindas de vários países.
4. A guerra em Gaza
Quando o mundo olhava perplexo para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, o início de outra guerra surpreendeu cristãos, judeus e muçulmanos. Por causa de um ataque de terroristas do Hamas em território israelense, no dia 7 de outubro, festa de Nossa Senhora do Rosário, Israel intensificou as suas operações militares na Faixa de Gaza.
Atualmente, os terroristas do Hamas mantêm israelenses sequestrados na área, enquanto os militares israelenses procuram desmantelá-los. Muitos morreram em ambos os territórios, incluindo duas cristãs que frequentavam a única paróquia católica em Gaza.
5. O Sínodo da Sinodalidade
Depois de dois anos de preparação e consulta em todo o mundo, teve início no dia 4 de outubro o Sínodo da Sinodalidade, no qual pela primeira vez mais de 50 mulheres tiveram direito a voto. No dia 28 de outubro, a Santa Sé publicou o relatório de síntese do sínodo e no dia seguinte o Papa Francisco esteve presente na missa de encerramento.
A segunda parte do Sínodo continuará em outubro de 2024. Entretanto, a Secretaria Geral do Sínodo da Sinodalidade informou que nestes meses será feito trabalho sobre alguns temas, como o “aprofundamento da investigação teológica e pastoral sobre o diaconato e, mais especificamente, sobre o acesso das mulheres ao diaconato”.
6. A bênção às uniões do mesmo sexo
Em 18 de dezembro foi publicada a declaração Fiducia supplicans, sobre o sentido pastoral das bênçãos” do Dicastério para a Doutrina da Fé, assinada pelo Papa Francisco. O documento autoriza bênçãos de casais em situação irregular, como divorciados em nova união, e uniões do mesmo sexo.
Esta nova diretriz, que permite a bênção a uniões do mesmo sexo num contexto não litúrgico e no qual não se confunda com um tipo de casamento, suscitou reações diversas entre cardeais e bispos de diferentes partes do mundo.
7. Perseguição contra a Igreja Católica na Nicarágua
No dia 24 de dezembro, o segundo vigário da catedral de Matagalpa, padre Jader Guido, foi preso durante 12 horas pelo governo da Nicarágua. Isto porque na missa da manhã o sacerdote pediu pelo seu bispo, dom Rolando Álvarez, bem como por todos os padres e religiosos da diocese.
O bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, está preso desde 10 de fevereiro de 2023, quando o regime de Daniel Ortega, ex-líder guerrilheiro de esquerda que soma 30 anos no poder, condenou o bispo a mais de 26 anos de prisão, acusado injustamente de “traidor da pátria”.
Em 20 de dezembro, um segundo bispo também foi preso. Foi o bispo de Siuna, dom Isidoro del Carmen Mora Ortega, de 63 anos. A prisão ocorreu um dia depois de o bispo ter celebrado uma missa em Matagalpa e ter pedido para rezar pelo bispo de lá, dom Rolando Álvarez. O governo da Nicarágua também proibiu diversas procissões.
Fonte: ACI Digital