Será a segunda do ano a ser celebrada com a presença de peregrinos depois do período de confinamento. Recordará a 3ª aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria aos três pastorinhos
A tradicional peregrinação internacional no Santuário de Fátima, Portugal, será retomada no próximo dia 12 de julho, após interrupção causada pela pandemia e recordará a 3ª aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria aos três pastorinhos. Será a segunda do ano a ser celebrada com a presença de peregrinos depois do período de confinamento.
O bispo auxiliar do Porto, Dom Vitorino Soares presidirá a peregrinação pela primeira vez, quatro dias antes de completar o seu primeiro ano de episcopado. Dom Soares foi nomeado pelo Papa Francisco quando era o pároco de Castelões de Cepeda e Madalena, em Paredes, tem 59 anos e é natural de Penafiel.
Como de costume, a procissão tem início às 21h30, com a oração do terço, segue-se a Procissão das Velas e a celebração da Palavra, no Altar do Recinto. No dia 13, às 9h, será rezado o terço e às 10h terá lugar a Missa Internacional, no Recinto de Oração, com a Bênção dos Doentes. A peregrinação terminará com a Procissão do Adeus. Todos os horário são locais, com diferença de 3 horas com o Brasil. Os eventos serão transmitidos pelas redes sociais do Santuário de Fátima.
Esta peregrinação tem por base a narrativa de Lúcia a partir do diálogo com Nossa Senhora e, nela, há quatro momentos principais: o pedido de Nossa Senhora de voltarem, no dia 13 seguinte; a insistência na oração do terço, para o abrandamento da guerra; os pedidos da Lúcia para a cura de algumas pessoas próximas; e a promessa de Nossa Senhora de fazer um milagre, em outubro, para que todos acreditassem.
“O Meu Imaculado Coração triunfará”
Nessa peregrinação serão meditados os textos que narram a Aparição e o diálogo com Nossa Senhora. “Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial quando fizerdes alguns sacrifícios: `Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria´, escreve Lúcia nas suas Memórias, sublinhando a dimensão cristológica do acontecimento de Fátima.
E, a vidente prossegue recordando o diálogo: “Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior”.
E Lúcia narra ainda o que lhe revelou Nossa Senhora: “Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados”.
E a Senhora de Branco faz um apelo: “Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas.
Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da Fé.”
Esta narrativa será naturalmente recordada e lida no contexto do tema do ano pastoral “Dar graças por viver em Deus”.
Fonte: Canção Nova