Nesta quinta-feira, 9, Francisco recebeu em audiência a Associação “Esporte no Vaticano”, formada por esportistas que trabalham na Cúria e no Vaticano.
Treino, disciplina e motivação são as três regras fundamentais para um atleta, de acordo com o Papa Francisco. O Pontífice recebeu em audiência nesta quinta-feira, 9, os membros da Associação Esportiva Amadora “Sport in Vaticano” (Esporte no Vaticano), atletas que trabalham na Cúria Romana e no Vaticano.
Em seu discurso, o Santo Padre recordou o 50º aniversário da criação do campeonato vaticano de futebol, em 1972, referindo-se também “ao longínquo ano de 1521 em que se disputou a primeira partida de futebol florentina, no Cortile del Belvedere, na presença de Leão X”. Um vínculo com a atual Associação que jamais deve ser esquecido.
“Durante os vários campeonatos, como quando viajais para manifestações de solidariedade, sois chamados a testemunhar o vosso vínculo com a Santa Sé”, disse.
Necessidade de uma competição saudável
Francisco sublinhou então a importância de um “sadio espírito competitivo como atividade que pode contribuir para o amadurecimento do espírito”. A partir disso as três regras são traduzidas com esforço, suor e sacrifício, reforçou o Pontífice, que completou: são indicadores da “paixão pelo esporte”.
O Santo Padre destacou que é essencial experimentar o esporte com prazer. “E se houver essa atitude, a competição é saudável; caso contrário, se interesses de vários tipos prevalecerem, a competição é prejudicada, às vezes até corrompida”, indicou.
Disciplina para expressar o melhor
A disciplina, continuou o Papa, “é um aspecto da educação, da formação”. Disciplina, explicou, significa observar as regras, mas também é “aprender, crescer, melhorar”:
“E isso requer, de fato, disciplina, ou seja, a capacidade de se dominar, de corrigir a impulsividade que todos nós temos, mais ou menos. A disciplina permite então que cada um faça a sua parte, e que a equipe expresse o melhor do todo”.
Esporte como metáfora da vida
A última regra é a motivação, a “força interior” que “dá o empurrão, que leva a um bom resultado”, observou o Papa.
“A motivação não é feita no resultado numérico, mas em quão fiéis e consistentes fomos ao nosso chamado, há uma consistência aí. E, por falar em motivação, gostaria de acrescentar algo a vocês que são esportistas vaticanos: sua forma de se unir e colaborar pode ser um exemplo de trabalho nos departamentos da Cúria, assim como nas direções estatais vaticanas. Mais uma vez o esporte é uma metáfora da vida.”
Fonte: Canção Nova