Em plena Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Papa Francisco recorda no seu tuíte: “Jesus abriu para nós o caminho rezando”. O depoimento do arcebispo ortodoxo Khajag Barsamiam, do anglicano Reverendo Robert Warren, e a oração dos luteranos na Suécia pela unidade através do serviço aos pobres
“A unidade dos cristãos pode ser alcançada somente como fruto da oração”. São palavras do Papa Francisco em seu tuíte, no qual ele ressaltou que “nossa oração pela unidade é, portanto, uma participação na oração do Senhor, que prometeu que toda oração feita em seu nome será ouvida pelo Pai”. No decorrer desta semana estão sendo realizadas várias iniciativas relacionadas ao tema escolhido para este ano: “Permanecei no meu amor e produzireis muitos frutos”.
O Arcebispo da Igreja Apostólica Armênia
O Arcebispo Khajag Barsamiam, representante da Igreja Apostólica Armênia (Ortodoxa) junto à Santa Sé, na vigília ecumênica diocesana da quarta-feira (20) na Basílica de Santa Maria in Trastevere convidou todos a “considerar seriamente os ensinamentos e a exortação de Jesus que ontem como hoje chama seus discípulos a segui-lo, permanecendo unidos. Em sua homilia, o arcebispo Barsamiam lembrou como a passagem bíblica do apóstolo João sobre a videira e o sarmento nos convida a refletir sobre a “comunhão mútua que é uma condição de fertilidade”. E acrescentou: “Quando os ramos permanecem no solo dão frutos e florescem, caso contrário murcham e se tornam improdutivos”. Daí a importância de os ramos, os discípulos de Jesus, tendo em Jesus sua fonte, estarem ligados uns aos outros, caso contrário “o Senhor rejeitará o que não for feito em comunhão com Ele e uns com os outros, queimando os ramos improdutivos”. O momento de oração, presidido pelo bispo Paolo Selvadagi, delegado ecumênico para o Ecumenismo, uniu católicos, ortodoxos, protestantes, anglicanos, luteranos, valdenses, batistas, metodistas através de seus representantes em Roma.
Anglicanos a serviço da caridade em espírito de comunhão
Entre os participantes da vigília ecumênica diocesana estava o Reverendo Robert Warren, da Igreja Anglicana de Todos os Santos, em Roma. É o lugar que o Papa Francisco visitou há quatro anos, em 26 de fevereiro de 2017, foi a primeira visita de um Papa. Padre Warren falou sobre a necessidade de maior proximidade entre os cristãos, sobretudo através das várias formas de serviço. O reverendo explica que durante o ano a comunidade anglicana de sua paróquia romana está muito envolvida na distribuição de alimentos para os pobres na estação Ostiense”. “O difícil período marcado pela pandemia – continua o reverendo – nos obrigou a aproveitar ao máximo as redes sociais e o streaming”. Sua esperança é que as relações de amizade cresçam cada vez mais, também à luz do exemplo da parábola do Bom Samaritano, lembrada pela encíclica Fratelli tutti, que convida a tornar-se vizinhos dos mais vulneráveis.
Orações da Igreja Luterana
Em Malmö, na Suécia foi organizada pela Comunidade Papa João XXIII uma oração ecumênica em colaboração com a Igreja Luterana e a Católica da cidade. O representante da Comunidade criada pelo padre Benzi explica: “Vivemos em uma pequena casa de fraternidade e oração ecumênica com alguns jovens vindos de diferentes Igrejas Luteranas. Rezamos todos juntos duas vezes ao dia”. O grande desejo é tornarmo-nos uma fraternidade ecumênica acolhedora na periferia da cidade: “Começamos com uma pequena experiência de unidade de rua – conta o representante da Comunidade – na qual levamos comida aos sem-teto, e organizamos encontros com um grupo de mulheres que buscam asilo”. Recordando o impulso dado ao caminho ecumênico com a visita do Papa Francisco em 2016 por ocasião das celebrações dos 500 anos da Reforma Protestante, Giovanni Ramonda, responsável pela Comunidade, faz do convite do Papa a sua mensagem “para criar unidade através do serviço aos pobres e na busca de justiça”.
Fonte: Vatican News