O desenho pretendia retratar o Papa Francisco que guia os jovens para o futuro, mas provocou críticas por usar a imagem de um conhecido monumento na capital portuguesa que lembra o passado colonialista. O Governatorato informou que um novo selo está sendo preparado.
O Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano informou que retirou o selo da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, emitido em 16 de maio.
A imagem do selo para a JMJ 2023, que será realizada de 1º a 6 de agosto na capital portuguesa, provocou críticas e perplexidade. O desenho é inspirado no Padrão dos Descobrimentos que fica na margem esquerda do Rio Tejo, em Lisboa, obra realizada, em 1960, 500 anos após a morte de Henrique, o Navegador, para comemorar os descobrimentos portugueses.
No monumento, Henrique, o Navegador, lidera a tripulação para descobrir o novo mundo. Da mesma forma – explica uma nota – o desenho pretendia representar o Papa Francisco na proa de um barco guiando os jovens e a Igreja em direção ao futuro, ao descobrimento “desta mudança de época” sem se resignar ao hábito de navegar à vista. Acima, à esquerda, se encontra o logotipo do encontro, tendo no fundo uma grande cruz e um Terço, que descreve o dinamismo da Mãe de Deus em visita a Isabel, de acordo com o lema escolhido para a JMJ: “Maria levantou-se e partiu apressadamente”.
No entanto, o selo provocou vários comentários negativos, que sublinharam que o desenho, ligado a um monumento conhecido, lembra um passado colonialista muito distante da mensagem de fraternidade universal do Papa Francisco.
Os organizadores da JMJ explicaram que o selo realizado pelo serviço filatélico vaticano queria apenas promover o encontro do Papa com os jovens, sem nenhuma referência ao passado. No entanto, o Governatorato informou que o selo foi retirado e uma nova emissão filatélica está sendo preparada para a JMJ de Lisboa.
Fonte: Vatican News